Sim, é isso mesmo que você leu, com uma semana de antecedência Kendrick Lamar lança o aguardado To Pimp a Butterfly. O disco que tinha sido anunciado para o dia 23 deste mês, apareceu no domingo dia 15 tanto no iTunes, quanto no Spotify.
Não ficou claro até agora se o lançamento prematuro é fruto do vazamento do disco ou de uma estratégia de marketing – algo que vem se tornando comum. O representante de Lamar, Anthony Tiffith da Top Dawg Entertainment, esbravejou no Twitter: “Gostaria de agradecer pessoalmente a Interscope por estragar nosso lançamento… alguém precisa pagar por esse erro”.
O disco possui participações de George Clinton e Thundercat logo na faixa de abertura Wesley’s Theory. Em Institutionalized, o rapper de Compton conta com a ajuda de Snoop Dogg. Como os singles já avisavam, esse álbum não aparecia como uma continuação de Good Kid M.A.A.D. City, e isso fica claro desde o inicio.
Os produtores escalados talvez ajudem a explicar essa mudança de direção. Boi-1da (que já trabalhou com o rapper Drake), Pharell Williams e Flying Lotus ajudaram a imprimir um disco com toques mais solares de R&B, funk, soul e pop. O que não retira em nada o peso e a seriedade do trabalho de Lamar.
As recentes agitações com problemas raciais, que sacudiram os E.U.A nos últimos meses não ficaram de fora. As rimas afiadas de Kendrick encaram os problemas de frente e produzem belas faixas como The Blacker the Berry e Mortal Man. A capa do disco, que já tinha sido divulgada anteriormente, também parece mandar um recado.
Agora é ouvir e começar a digerir essa pedrada. Em breve nossa resenha do álbum estará no ar.
Ouça aqui: