Sigur Rós banda islandesa de pós rock lançou em 2012 o seu sexto álbum de estúdio Valtari, veja aqui por que você precisa conhecer essa obra!
Por Anna Greco
Valtari, sexto álbum da banda islandesa de post-rock Sigur Rós, nomeia seu próprio processo de produção. Apesar de ter sido lançado em maio de 2012, a banda começou a gravar algumas das músicas em 2007, entre elas “Dauðalogn” e “Varðeldur” em parceria com Alex Somers, companheiro do guitarrista e vocalista da banda – Jónsi. A banda começou a usar uma grande parte de suas músicas antigas e adicionar outras partes, mas por não se sentirem motivados, acabaram por desacelerar o processo.
Veja o clipe, filme experimental de Dauðalogn por Henry Jun Wah Lee:
Com Valtari, a banda marca o retorno às extensões pouco povoadas que caracterizaram Ágætis Byrjun (1999) e (untitled) de (2002). Mais minimalista e de abordagem fortemente instrumental, porém mais eletrônico do que antes. Abrindo o álbum temos “Ég anda” uma faixa que parte de uma respiração lenta e silenciosa para uma tomada de fôlego, um modelo que se repete em todo o álbum. Presente nos álbuns anteriores da banda, porém mais bem empregado e de forma extremamente harmônica no álbum, Jónsi usa sua voz para torná-la um instrumento, fazendo sons que evocam orações.
Veja o filme experimental “Ég Anda”, por Ragnar Kjartansson:
Em “Varúð” a orquestra e o coral são uma das suas melhores implementações do álbum, que teve como colaboração The Sixteen Coro, que também participam das faixas cinco e seis do álbum, Dauðalogn” e “Varðeldur” respectivamente. “Varðeldur” é uma versão diferente da música “Lúppulagið” de Inni (2011), álbum anterior da banda. Fjögur píanó foi composta a partir de diferentes materiais antigos que a banda possuía e não era usado daí o nome quatro pianos, em referência aos integrantes da banda.
Veja Varðeldur por Melika Bass:
Assim, as obras minimalistas têm como própria essência a escolha de processos de repetição, claros e perceptíveis, os quais vão articular toda a forma com a qual a obra se apresenta.
Sigur Rós vem de um país onde uma parcela razoável da população ainda acreditam em duendes e embora o resto da banda pareça desfrutar dos mitos como inspiração musical, Jónsi é um tipo mais entusiasta que frequenta tarólogos com frequência.
Escute o disco: