Nossa homenagem à Scott Weiland, ex-vocalista do Stone Temple Pilots e Velvet Revolver, que faleceu na noite do dia 03 de dezembro de 2015.
No dia 27 de outubro de 1967 na cidade de San Jose (Califórnia) nascia Scott Richard Kline, que anos depois viria a ser mundialmente conhecido como Scott Weiland, líder da banda Stone Temple Pilots.
Scott deu inicio à sua conturbada carreira em meados de 1985, tocando em bares do sul da Califórnia junto com a banda Mighty Joe Young. Com o passar do tempo Scott Weiland e sua banda foram ganhando mais espaço. Sua reputação cresceu a ponto de despertar o interesse de produtores da Atlantic Records, e assim em 1992 ele fechou o seu primeiro contrato numa grande gravadora.
Daí em diante a banda passa a se chamar Stone Temple Pilots (STP), lançando logo de cara o álbum Core que viria a ser um dos maiores álbuns da historia do rock, entrando na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame, com hits como Plush e Creep. O álbum foi para o topo das paradas e com o boom do grunge em Seattle a banda só tinha a crescer cada vez mais. No entanto logo após o lançamento do segundo álbum em 1994 (Purple), Scott Weiland começa a se afundar de vez no seu vicio em heroína e em crack, forçando a banda a cancelar uma turnê em andamento para que ele se recuperasse em uma clínica de reabilitação.
Em 1996 Scott volta a gravar com a banda e lança e contestado Tiny Music… Songs From The Vatican Gift Shop. Mas os seus problemas com as drogas pareciam não ter fim e mais uma vez o Stone Temple Pilots tem que cancelar show de turnês importantes. 1998 marca o ano em que Scott tenta a carreira solo, gravando o disco 12 Bar Blues, produzido por Daniel Lanois, famoso pelo seu trabalho junto ao U2.
O disco conta com várias participações de músicos locais e efeitos eletrônicos complementam um álbum muito diferente do que se esperava; não sendo assim tão bem recebido pelos fãs e críticos. Mesmo com tanta contestação Scott Weiland preparava um show de lançamento do seu disco em Nova Iorque, quando foi preso por porte de drogas. Fato que voltaria a se repetir menos de um ano depois, ocasião em que voltou a se reunir com sua antiga banda para a gravação do Nº 4. Scott foi em cana por uso e porte de heroína, mas dessa vez tendo sido condenado a um ano de reclusão, forçando mais uma vez a cancelarem uma turnê de divulgação da banda.
No ano de 2001, com Scott livre, o Stone Temple Pilots lançou o que todos achavam que seria o último registro da banda, Shangri La Dee Da. Como ninguém aguentava mais os problemas intermináveis que o vocalista tinha com as drogas decidiram colocar um ponto final nas atividades da banda. Depois de algum tempo tocando solo e fazendo participações em shows de outras bandas e claro, se aplicar cada vez mais na heroína, Scott foi o nome perfeito para um projeto que reuniria ex-membros do Guns ‘n Roses como Slash, Matt Sorum e Duff McKagan.
Velvet Revolver foi o nome escolhido para a big band que, em entrevista a Rolling Stone, o próprio Scott diz ter aceitado o convite apenas pela grana. Junto ao Velvet Revolver foram dois álbuns Contraband de 2004 e o Libertad de 2007. No ano seguinte voltou a tocar com o Stone Temple Pilots, gravando o disco Stone Temple Pilots (2010); esse sim o último álbum gravado com a liderança de Weiland. Ele ficaria por mais 3 anos até a banda anunciar o seu desligamento pelos motivos já bastante desconhecidos.
Na noite do último dia 03 de dezembro a tumultuada biografia de Scott Weiland chegou ao fim. A notícia de sua morte pode não ter sido uma grande surpresa para quem já estava familiarizado com os excessos do músico, mas com certeza ela deixa um grande vazio no mundo do rock por ser mais um grande talento que nos deixa precocemente. Seu corpo foi encontrado no ônibus da turnê que ele fazia com a banda The Wildabouts.
Suas apresentações nessa turnê já mostravam um Scott Weiland sem a energia e o presença de palco que estamos acostumados a presenciar nos shows do cara. Em vídeo gravado em abril de 2015 (clique aqui para assistir) podemos testemunhar o quanto Weiland estava debilitado, se movimentando no palco como um octogenário e entregando uma performance vocal sofrível. Uma pena…
R.I.P. Scott Weiland
Por Igor Marques