Originais versus Covers, mais um Bolodoido Musical UFC, mais uma matéria para confrontarmos se os covers conseguem superar os sons originais!
Como essa edição do Bolodoido Musical fez sucesso, separei mais alguns originais e covers para vocês curtirem e, claro, fazer comparações, tecerem críticas, porque é disso que gostamos.
Mais uma vez dividimos em nacionais e gringas, pra todos os gostos e sabores.
Da gringolândia temos:
1. “Detroit Rock City” do Kiss por Mighty Mighty Bosstones
Essa música é um clássico da banda Kiss, inclusive serviu de tema pra filme homônimo, de 1999.
De tão clássica que é, a banda banda Mighty Mighty Bosstones fez uma versão maravilhosa, que aqui pra nós elevou e muito o nível da versão original.
Porra, os metais da versão fizeram toda diferença. Ponto pros Bosstones, que superaram o original.
Original:
Cover:
2. “Sailin’ On” do Bad Brains por No Doubt
Bad Brains é uma clássica banda de hardcore de Washington D.C., muito conhecida pela influência do rastafarianismo e do reggae.
Já o No Doubt, começou sua carreira na linha Ska Punk, ou seja, ambas as bandas têm uma forte relação com o som Jamaicano.
Porém, a versão original de “Sailin’ On” não tem qualquer elemento visível o reggae, já a versão feita pelo No Doubt é total Jamaica.
Contudo, gostamos mais da versão ao vivo que o No Doubt executou em um programa da MTV gringa.
Tirem suas conclusões abaixo:
Original:
Cover versão estúdio:
Cover ao vivo:
3.“Suzy Is A Headbanger” do The Ramones por L7
Judy pode ser punk, mas Suzy é headbanger e as meninas do L7 preferem as headbangers. Assim, o L7 meteu sua versão suja dessa faixa do The Ramones.
Original:
Cover:
4. “Sweet Dreams (Are made of this) ” do Eurythmics por Marilyn Manson e 288.
Quando o Eurythmics lançou seu maior sucesso, em 1983, mal imaginava que décadas depois a faixa seria novamente um grande sucesso na voz de um peculiar e sui generis artista, o Marilyn Manson.
Assim como, não imaginava que uma banda soteropolitana deixaria ainda mais sombria essa faixa, como a 288 fez na versão que saiu no seu lançamento de estréia “19/64 anos de retrocesso” (2020).
Aqui temos mais um bom caso de quando os covers superam o original.
Original:
Cover Marilyn Manson:
Cover 288:
5. “You’re Wondering Now” de Andy & Joey por Amy Winehouse
Essa aqui é pra foder o peão, não tem como dizer que Amy Winehouse superou Andy & Joey por diversos motivos, a começar que essa faixa foi parte da coletânea Studio One Ska, ai já leva uma larga vantagem, além disso, efetivamente a versão original é muito foda.
Todavia, é necessário parabenizar Amy não apenas pela versão, mas por todo o EP The Ska, pois todas as releituras ficaram maravilhosas na voz característica dela.
Original:
Cover:
Vamos agora pro bonde brazuca, desde já alertando que terá muito Ratos de Porão ai pra vocês:
1. “Parasita” do Ratos de Porão por Discarga
Aqui outra dúvida cruel: O som cru do Ratos de Porão da década de 80 ou a velocidade do fastcore do Discarga?
Original:
Cover:
2. “Poluição Atômica” do Ratos de Porão por DER
Outra faixa do Ratos, outra faixa desse maravilhoso e tão importante Split SUB.
O SUB, pra quem não sabe, foi um Split encabeçado pelo pessoal do Cólera. Os caras tinham uma grana pra estúdio e ao invés de gravar um disco apenas deles resolveram chamar outras bandas (Ratos de Porão, Cólera, Pysikóze e Fogo Cruzado) para lançarem um álbum juntos. Assim, o SUB foi lançado e tornou-se um dos maiores lançamentos do punk nacional.
O Nada Pop, em comemoração aos 40 Anos de Punk no Brasil lançou o Tributo ao SUB, coletânea com várias bandas tocando covers das faixas desse clássico Split. Uma das bandas foi o DER, que mandou muito bem na versão do Ratos de Porão.
Original:
Cover:
3.“Não me importo” do Ratos de Porão por Inkoma
Outro disco clássico do Punk nacional é o Crucificados pelo Sistema, do Ratos de Porão. Esse disco é tão foda que até o próprio Ratos fez uma homenagem com versões dele, o Sistemados pelo Crucifa, em versões mais hardcores das originais.
Outra banda que fez um cover de uma das faixas do Crucificados pelo Sistema foi a baiana Inkoma, com uma versão de “Não me importo”.
Original:
Versão:
4. “Gasolina” do Kusta Pässää por Life is a Lie
Definitivamente essa faixa ficou mais conhecida em sua versão pelo Life is a Lie, do que na sua forma original executada pelos capixabas do Kusta Pässää.
Uma curiosidade, apesar do Life is a Lie ser de São Paulo, o disco que consta esse cover foi lançado pelo selo capixaba Läjä Records.
Original:
Cover:
5. “Unbroken Feelings” do Self Conviction por Confronto
Pra finalizar um clássico do Straight Edge brasileiro, “Unbronken Fellings dos paulistas do Self Conviction, que posteriormente foi gravado pelos cariocas do Confronto.
“I´ll never forsake this vow, setting
myself apart from what decays. It fortifies me and I won´t break
away! I´ll always live straight edge.”
Original:
Cover:
