Entrevista: a guitarra do Sérgio Dias já deu Jazz

A musicalidade do Sérgio dias aponta para diversas impressões. Entrevistá-lo foi uma honra e uma oportunidade de aprender mais sobre… Jazz!

Sempre tive um interesse peculiar em descobrir outras aspirações musicais dos integrantes das bandas que gosto. Ajuda você a entender um pouco mais sobre o conceito do som… É como se esse novo olhar lhe permitisse pinçar novas referências. 

Quando pivete, gostava muito de Testament. O som do grupo norte americano sempre foi um dos meus preferidos do Trash, e a guitarra do Alex Skolnick, um dos sons que explodiram a minha mente.

Na época, lembro que já engatinhava no Jazz e fiquei impressionado com a forma que o guitarrista trabalhava com a dinâmica e altura dos sons. Todos os músicos do Testament são muito bons, claro. É o Steve Di Giorgio no groove, Eric Peterson na outra guitarra, Chuck Billy no gogó e o Gene Hoglan na bateria. Não tem como dar errado.

Citei essa questão com o Alex Skolnick, pois entre seus diversos trabalhos paralelos, o guitarrista também toca num combo de Jazz. Quando ouvi o Alex Skolnick Trio, entendi tudo. Mudou a forma como escuto e percebo toda a sonoridade de uma banda que fritei durante quase uma década! 

Esse exercício evidencia como a capacidade de percepção sonora é aguçada por novos estímulos, mesmo que num contexto já conhecido. Tracei essa ponte, pois sem dúvida alguma era necessário construir um paralelo antes de chegar no cerne dessas ideias. Tangibilizei a questão com o Trash do Testament, pois uma experiência auditivo-alucinógena de mesmo porte aconteceu enquanto desbravava a discografia do guitar hero Sérgio Dias.

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Crédito: Arquivo Pessoal. Sérgio Dias, integrante da banda Os Mutantes.

Depois que apertei play em seu primeiro disco solo – o auto intitulado lançado em 1980 – fui atingido por um porrete. O som do’s Mutantes é inexorável, passeia por diversas estéticas, desde a Tropicália, até o Rock e o Progressivo. É uma seara muito vasta, mas ouvir o debutante solo do Sérgio me despertou para uma nova perspectiva quanto ao seu som e papel como guitarrista.

Foi uma alquimia diferente e que me pegou de jeito quando ouvi colaborações suas com o Eumir Deodato, por exemplo. Sacar sua guitarra dando Jazz foi um momento interessantíssimo e que engrandeceu ainda mais o trabalho de um músico que sempre admirei. Não é que tocar (também) Jazz faça do Sérgio um músico melhor, mas é que do ponto de vista do ouvinte, essa referência aponta para coisas diferentes e ressignifica todo um trabalho.

Fique impressionado quando escutei o “Jazz Mania“, por exemplo. Ouvindo este play dá pra entender o por quê que ele foi convidado pelo Area para tocar num dos projetos mais avançados do Prog-Fusion italiano.

Até o Eric Burdon tentou levar o Sérgio para o lado groovado da força, meu caro. O groove do cidadão não é brinquedo não e esse seu lado Jazzy também evidencia que à parte do Mutantes, o guitarrista também foi relevante de outras formas.

De 1980 até 1987, Sérgio morou nos Estados Unidos e teve sucesso trabalhando principalmente com trilhas sonoras e como músico de sessão. Foi nesse período que estreitou laços com o Eumir Deodato e também tocou pelo circuito de clubes com outros projetos, a banda “Unit” e o “Steps Of Imagination“. Só nessa brincadeira aí, o maestro já tocou com nomes como TM Stevens, Airto Moreira, Flora Purim, o baterista Danny Gottlieb e o Eumir Deodato (que nós entrevistamos), por exemplo. 

É todo esse histórico que o disco “Jazz Mania Live” carrega. Foi essa bagagem que deu um choque nos meus ouvidos. Trabalho ao vivo lançado em 2003, é importante ressaltar que a gravação é de 1986, mas foi resgatada apenas anos depois para concretizar esse show que é resultado de uma curta temporada no já finado Jazz mania, clube de Jazz que um dia fez barulho no Arpoador, no Rio de Janeiro.

Ouvir o Sérgio ao lado de Paul Lieberman (saxofone), José Lourenço nos teclados, Tony Mendes (baixo) e Jurim Moreira (bateria), me transportou para outro espectro de sua lírica e poder entrevistá-lo, com uma pauta focada nesse lado Jazzístico, foi uma grande honra. Mas é claro que o som que faz o seu vizinho chamar a polícia não ficou fora dessa conversa, o Rock é intrínseco à figura de Sérgio Dias.

1) Sérgio, o que você acha que se mantém da sua veia psicodélica/Rock ‘N’ Roll, quando você vai tocar Jazz? O mesmo ímpeto transgressor da época com o Mutantes, a improvisação e o peso do Rock foram características que ressurgiram quando o Jazz entrou por um espiral experimental durante a revolução Fusion com Miles e Cia e eu queria saber o que você leva dessa experiência, mesmo que a aplicação mude totalmente.

Eu toco música, existem 13 notas e elas são utilizadas para compor em qualquer estilo, inclusive o indiano. Eu não me considero um guitarrista de Jazz, não estou limitado a nenhum tipo de nicho e isso me permite produzir com liberdade.  

Interessante essa questão que você falou sobre nichos. O som do Mutantes era “hiperclassificado”, você acha que isso atrapalhava a penetração no mercado, de alguma forma? Essa questão dos rótulos e etc?

Não, nunca fui influenciado por nada disso. Sempre fiz questão de fazer o que eu sentia, de tocar e expor as minhas emoções. O que foi basicamente rotulado como Progressivo seria o quê? “O A e o Z“, lançado em 1973 e o “Tudo Foi Feito Pelo Sol“, de 74?!

tudo foi feito pelo solO que estava acontecendo é que o mundo inteiro estava tomando LSD, inclusive nós. Então, no caso, Gentle Giant seria Progressivo? Frank Zappa seria Progressivo? O John McLaughlin seria Progressivo, também? Isso é associado ao Yes, Emerson, Lake & Palmer… Na realidade não é bem assim.

Digo isso, por que todos esses artistas gravaram na mesma época, entende?

Eu vi uma entrevista sua que você fala com o Gastão Moreira sobre essa questão dos rótulos envolvendo o “A e o Z” e o “Tudo Foi Feito Pelo Sol”.

Por exemplo, no “Tudo Foi Feito Pelo Sol”, a música “O Contrário de Nada é Nada” é um puta Rock.

Sim, eu vi esse show ao vivo no Sesc Belenzinho!

Então você sabe o que eu quero dizer, pô! (risos)

Sérgio, dos discos que você lançou recentemente, tanto o “Zzyzx”, quanto o seu disco solo, o Jazz Mania, são completamente diferentes entre si, e queria que você falasse sobre eles.

O “Zzyzx” é uma continuação do que eu faço com o Mutantes desde 2006. O “Jazz Mania” é um trabalho gravado na época que eu ainda morava nos Estados Unidos, eu vim pra cá pra tocar num festival, nem lembro mais o nome. Era num hotel redondo lá na Barra.

Free Jazz Festival?

Sim, eu vim com o Paul Lierberman e já que estávamos lá, fizemos 4 noites no Jazz Mania e eu gravei. Fique anos sem mexer nisso, até que apareceu um problema no meu braço – tive um ombro congelado – e não conseguia me mexer. Como não tinha mais nada pra fazer, além da fisioterapia, eu mixei o disco.   

Depois uma pessoa ouviu e comentou à respeito de fazer uma tiragem menor com 2000 cópias e eu achei que seria legal. Esse projeto é a resultante do tempo que vivi na América. 

Resume bem seu trabalho no período.

Acho que é uma boa sequência de fotos para o momento que eu vivi e que era completamente diferente do que fazia no Brasil.

Esse seu movimento de sair do país teve alguma relação com essa busca por fazer algo diferente do que definiu sua trajetória inicial?

Não, eu tinha acabado de fazer meu primeiro disco solo aqui, aí o Eddie Offord (produtor do Yes e Emerson, Lake & Palmer) veio para o Brasil e eu pedi pra ele fazer a mesa de som para o lançamento do disco. Ele fez e me convidou para ir aos Estados Unidos, pra ele produzir um disco meu.

Na época eu já estava tocando muito com o L. Shankar, conheci ele em Milão, com o John McLaughlin e desde 1977 a gente tocava junto. Ficamos nos correspondendo, tanto que ele veio para o Brasil e gravou no meu disco.

Esse convite foi a deixa perfeita pra ir pra lá. 

Eu falei com o Eumir Deodato e ele comentou de algumas colaborações suas.

Eu cheguei em Nova York com meu disco solo debaixo do braço e alguém tinha me dado o telefone e o endereço do Eumir. Ele foi um amor comigo, como sempre é com todos e me convidou pra ir lá conversar. Quando eu cheguei lá tinha disco de platina espalhado no apartamento inteiro, todos com o nome dele estampado: Eumir Deodato. 

Mostrei o disco e aí ele me chamou pra produzir 4 músicas para o trabalho solo dele. Eu simplesmente não entendi nada! Não sabia o que era produzir, entende?! Apesar de ter produzido tudo que fiz, enfim… Não existia a figura de um produtor musical propriamente dito. Eu compus 4 e uma delas entrou no disco, a “East Side Strut“, que saiu no “Night Cruiser“, em 1980.

Nesse tempo eu gravei muito com o Eumir, ele mudou a minha vida quando me apresentou para o Robert “Kool” Bell do Kool & The Gang, como “Sérgio Dias produtor”. Putz, eu não entendi nada, era guitarrista, sabe? Ele abriu uma visão nova pra mim dentro da música e foi muito importante na minha vida.

Você tem esse lado sideman que é pouco comentado né, Sérgio, você tem bastante colaboração, desde coisas com Gil, até Caetano, enfim…

Com a Rita Lee… “Mania de Você”, sou eu. Eu gosto muito de contribuir… Amo tocar e colaborar. Gravei “Woman No Cry” com o Gilberto Gil e teve outras também que nem lembro o nome. Com a Rita tiveram algumas coisas, Erasmo Carlos, Amelinha, enfim, foi muito bom.  

2) Sérgio, queria saber como é a sua relação com seu repertório, pensando em Mutantes. Ela mudou com o passar do tempo?

Não. Por exemplo, quando a banda voltou – em 2006 – a gente tinha um setlist. Obviamente “Bat Macumba” e “Minha Menina” ficaram para o fim do show, justamente por que eram (teoricamente) as músicas mais fortes. Depois de todos esses anos, a gente mistura… 

Tem show que eu abro com “Minha Menina” e fecho com “Ave Lúcifer”. Cada show é um show né? Mas o interessante é que isso não faz nenhuma diferença, por que as músicas são tão fortes que a estrutura do show não se abala. Isso é muito legal.  

A música é completamente livre para todos dentro dos Mutantes. Tem que seguir os arranjos e vocais, claro, mas existe essa autonomia, como sempre foi.

A improvisação – não só no Jazz – mas também no Rock foi um elemento chave na sua carreira.

Com certeza, a improvisação em Mutantes é 60% do show.

E em estúdio também?

Também, muito. 

3) Hoje o Rock tá com uma imagem muito cansada, pautada em revisionismo e eu queria saber sua opinião, pensando sobre o que pode ser feito pra que algo diferente volte a acontecer. 

Eu acho que eles precisam mudar de droga. As drogas que eles estão usando são erradas. Você pensa, por exemplo, no tempo que tinha James Gang, bandas que não são tão famosas no Brasil… Bandas como Argent

Isso tem relação com o período e agora essa pandemia é como se fosse uma exteriorização do que já estava acontecendo com a questão da tecnologia, principalmente dos celulares. Agora nós estamos de máscara, mas antes as pessoas já não se comunicavam… Não existe a mesma interação que existia nos anos 60 e 70.

O celular não é uma boa droga. É uma coisa muito individualista.      

4) Como é a sua vivência com o Jazz? Como foi estudar e entrar nesse universo, enfim, como você acha que esse linguagem contribui pra expansão da suas capacidades na guitarra?

Eu nunca estudei Jazz, eu aprendi cifra, principalmente quando eu fui para os Estados Unidos. As pessoas com as quais eu estava envolvido no Jazz, tocavam com uma liberdade extrema. Era tudo muito Free Jazz. Como é uma conversa, pra isso é importante ter o vocabulário e dessa forma dialogar, tanto com os músicos, quanto com a plateia. 

É ter o conhecimento e conseguir tocar o que você quiser tocar. Isso é primordial.

Acho que essa frase aponta pra questão da pluralidade musical presente na sua carreira. 

Sim. Se você pegar, por exemplo, “Dom Quixote”, dos Mutantes, o que diabo é aquilo? Aquilo é Fusion?

É difícil colocar numa caixa.

Sim. “Caminhante Noturno”, então? Meu deus!

Eu conheci muito músico nos Estados Unidos que diziam que você tinha que tocar uma escala e isso e aquilo e uma vez eu estava tocando com o John (McLaughlin). Eu em em ré e ele em ré sustenido.

E vocês conversaram?

Com certeza, se eu toco em ré e ele em ré sustenido, ele está me dando uma nona menor. Então o que é isso? É uma entidade harmônica. Consequentemente, não existe erro. Existe só bom gosto.

Vai depender das suas escolhas na hora de conduzir.

Com certeza, então, se você conseguir tocar em ré sustenido, enquanto o outro está tocando em ré, isso é maravilhoso.

Sim e você foi contemporâneo de muita gente importante.

David Sanborn, a turma do Jaco Pastorius… Toquei com eles.

E muitos mestres brasileiros também.

Sim, tivemos o Steps Of Imagination, toquei com Airto e Flora, eu Marcos Silva, Sérgio Brandão e o Paul Lierberman.

Você tocou com o Jaco, Sérgio?

Teve uma noite que a gente estava no “Bottom Line” com essa banda que eu comentei. Na época essa era a casa mais legal  de Jazz em Manhattan e o Manolo Badrena estava nesse show com a gente, o percussionista do Weather Report.

Nova York, sábado à noite, imagina? Airto e Flora tocando e cantando e a elite toda do Jazz estava ali. O Jaco subiu no palco em algum momento e aí começou a tocar diversos temas do Weather Report, junto com o Manolo, todo mundo junto.

Depois outros subiram no palco também, o David Sanborn, Michael Brecker… Foi uma festa maravilhosa, um sonho.

E tem aquela questão do convite que o Área fez pra você né?

Sim, eu fui muito amigo do Patrick Divijas (baixista) do PMF (Premiata Forneria Marconi).

Você chegou a colaborar com eles?

Não, a gente só tocava muito junto, conversava, enfim. 

Muito massa essas colaborações, Sérgio, era um grande networking esse que você tinha.

Acho que as coisas eram mais naturais, hoje em dia acho que está tudo muito armado e disso eu não gosto.

Queria que você voltasse naquele ponto de música indiano que citou no começo da entrevista. Como que era sua relação com o Shankar?

O Ravi era meu pai, encontrei ele uma vez antes de um show dele no Teatro Municipal. A gente foi no backstage e eu falei pra ele: olha, eu preciso saber disso! Aí ele marcou comigo e disse: então, amanhã você vai no Hotel Danúbio às 14:00 que eu explico.

Cheguei lá e tinha um monte de jornalistas na porta. Ele mandou todos embora e disse: agora eu vou dar uma aula. Levei meu violão de 12 cordas e aí ele viu que eu não estava brincando. O negócio era sério. Tecnicamente falando, entre eu e o George (Harrison), não tinha comparação, mas criativamente ele tinha uma capacidade que eu jamais sonhei em ter.

O Ravi começou a me ensinar, me deixou tocou no citar dele e nós começamos a nos encontrar toda vez que ele vinha ao Brasil. Foi ele quem mandou meu citar, inclusive, está comigo até hoje em São Paulo.

Quando eu fui pra Las Vegas, fui procurá-lo e descobri que ele estava em San Diego. Nós começamos a trocar emails, ele me convidou pra estudar e eu burro não fui, por causa dos Mutantes. Teria conhecido o George Harrison… Seria um sonho.

Mas é bom por que o George é o meu maior ídolo e nunca deixou de ser. Uma vez eu fui na porta da Apple Records, coloquei a mão na porta da maçaneta, mas não consegui abrir. Em Londres, em 1968 mais ou menos.

Assistiu e tocou com todo mundo nessa época.

Toquei com Deus e o mundo.

Sérgio tem uma questão que eu sempre penso muito que é sobre extrair o som do instrumento e como os grandes marcam a música com a sua sonoridade singular. O que você pode falar sobre isso?

Eu ainda faço os meus próprios instrumentos e gosto de fazer isso. É uma representação muito mais concreta do que é o meu som e a minha alma. Eu tenho uma guitarra que uso numa situação de Jazz e ela tem 2 humbucking, coisa que eu geralmente não uso. É uma guitarra maravilhosa. 

Todos os captadores das minhas guitarras são Malagoli ou então são feitas pelo meu irmão, o Cláudio, e isso dá um som complementa diferente.

Sim, ainda mais por trabalhar com o Cláudio né, ele quem fez o P.A de vocês.

Ele é um grande gênio. De todas as perguntas que eu fiz para o Cláudio, à respeito de qualquer assunto, ele nunca me deixou sem resposta!

Pô, Sérgio, você que viu tanta gente nos anos 60… Chegou a ver o Grateful Dead com o super sistema de som que eles tinham na época? O Wall Of Sound?

Airto, Flora e nós, a gente ensaiava no sítio do Mickey Hart em São Francisco, e aquele sistema todo ficava lá. O Mickey Hart (baterista do Grateful Dead), dava canja de vez em quando por que era muito amigo do Airto, né, já que eram ambos percussionistas.

Estava lá também o tecladista do The Who, o Tim Gorman e o Gil Evans, a gente até tinha ido buscá-lo no aeroporto. 

Que foda que você tocou com o sistema de som do Grateful Dead, eu vi um detalhamento dele uma vez. Parece surreal.

Sim, é fantástico, tem o P.A atrás. o  “Wall Of Sound” era uma coisa dos Deuses.

5) Pra fechar, Sérgio, esse é um tópico que eu pergunto para todos os músicos. Como você definiria o groove?!

O groove? Assiste o 2001… Lembra quando o macaco pega um crânio e começa a dar porrada? Isso é o groove, a base fundamental de tudo. Subdivisão e divisão, putz, é a mãe do diálogo musical.

Acho interessante isso no seu som, o fato dele não ser reto.

Sim, principalmente no Jazz que cada compasso é diferente. Não sei se você parou pra analisar o Jazz Mania, mas é assustador. O nosso tecladista, o Kei Akagi – que tocou no lugar do Marcos Silva no Steps Of Imagination – quando a gente se separou, ele foi tocar com o Miles.

Ele me convidou e eu fui assistir o show.

E você viu o Miles na fase mais cabeçuda.

Foi uma delícia. Mas olha, ter tocado com o Kei Akagi, cara… Você não tem noção! Eu nunca vi ele fazer um solo de piano que ele não fosse aplaudido de pé depois, nem o Airto Moreira.

Essa galera é do Olimpo, tira o som que quer do instrumento.

Com certeza. Quando você chega nesse patamar, a música vai para outro nível.

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