We Out Here – A LDN Story, é um documentário que ilustra a efervescente cena jazzística de Londres e os seus protagonistas.
A história da música mostra a necessidade de registrar a evolução do som. Seja em LP ou em pequenos curtas, é importante apreciar o groove com esse objetivo de realmente guardar grandes pérolas para a posteridade.
Na era digital, do Instagram e de toda a sorte de ferramentas de compartilhamento, essa aparente enxurrada de informação é benéfica e maléfica ao mesmo tempo.
We Out Here – A LDN Story
Ao passo que muitos sons estão na palma da mão, a um clique no ícone do Spotify de distância, é bem comum descobrir mais bandas do que seus ouvidos podem escutar.
É ingrato, não tem jeito… A única opção é produzir um conteúdo que consiga ter diversas saídas e que de fato atinja um número maior de pessoas através, não só da música que sai dos fones, mas também de formatos como clipes, sessions ou documentários, por exemplo.
Brownswood Recordings
É um investimento alto, mas se você já tem uma cena correndo no underground, bons grupos, músicos de técnica diferenciada e um selo por trás… Bom, ai quer dizer que você mora em Londres, está assinado com a Browswoord Recordings e foi para o cast de bandas que apareceram na compilação “We Out Here” e no belíssimo documentário que complementa o lançamento em vídeo, intitulado “We Out Here – A LDN Story“, ambos liberados em 2018.
A compilação “We Out Here”, lançada no dia 09 de fevereiro de 2018, reúne 32 músicos, 9 bandas e 1 estúdio. Tudo isso resultou num disco riquíssimo e que além de ser um dos trabalhos mais interessantes que chegaram na praça, é um material tão poderoso que virou até documentário e consegue traduzir em imagens, não só o próprio projeto de reunir as bandas pra gravar a compilação, mas também a questão de acompanhar a evolução da cena contemporânea.
Com direção de Fabrice Borgelle, esse trampo mostra que a revolução, de fato, não será televisionada e é justamente por isso que esses trabalhos carregam uma grande importância histórica.
Daqui uns 5 anos, nomes como Nubya Garcia, Theon Cross, Tenderlonious e Shabaka Hutchings serão muito mais celebrados pela crítica, e é exatamente por isso que esse documentário é relevante: ele retrata a multiétnica cena local, pouco antes da panela de pressão explodir.