Vivendo do Ócio aproveitou o dia Internacional do Rock e lançou um desde já clássico clipe em animação para a música Prisioneiro do Futuro!!
Para além da falsidade de comemorar um dia, como o dia de algo ou alguém, datas comemorativas servem quando muito para reafirmar o amor a algo ou alguém. Com muita boa vontade entenderíamos o dia de alguma coisa como um marco, uma convenção para alegremente bebemorarmos aquele acontecimento, sempre em mutação. Hoje é um desses dias, 13 de julho ficou convencionado com o dia internacional do rock’n roll.
A banda baiana Vivendo do Ócio soltou hoje um peça que na nossa modesta opinião, já se converteu num clássico do audiovisual rockistico brasileiro. Retirada do álbum Selva Mundo (2015), Prisioneiro do Futuro é uma canção onde as guitarras acenam nervosas, para um reflexão muito bacana sobre o devir (a passagem do tempo) e a verdade alcançada. A canção foi transformada numa animação de alto nível, que consegue congregar muito bem os temas da música, ilustrando-os com precisão mas vai além.
O ilustrador e cineasta Iuri Nogueira é o responsável por essa bela peça que transforma o eu lírico da música num cão astuto – e porque não? – a seguir cegamente uma bola arremessada. Com ares de fábula, o cão corre, por entre o inferno de seduções físicas e materiais, para alcançar no fim de sua jornada um ebó regado a São Jorge.
Um roteiro preenchido por imagens fortes e a convicção de que é a música – aqui em sua expressão própria no rock’n roll – o único objetivo da correria. É ela a única que ao final e ao cabo da jornada do vira lata lhe dá a certeza de ser um objeto da mesma, atravessado pela satisfação de servi-la da forma mais íntegra possível.
Numa outra música do mesmo disco da banda, “Carranca”, podemos escutar: “Não vou entregar minha cabeça em uma bandeja, quero morrer na peleja, descubra o que você ama e deixe que isso te mate, tudo vai te matar, essa que é a verdade.” E encontramos ecos dessa canção aqui nessa animação também.
No dia internacional do rock, a Vivendo do Ócio mostra-nos que o dia é todo os dias, é uma vida que se entrega e se faz num modo de ser singular e resistente.
Viva o Rock, viva a Vivendo do Ócio!
