O mestre Richie Kotzen segue sua vida fora do Winery Dogs. O guitarrista cumpriu sua longa agenda de Tours com o grupo, lançou mais um belo disco em 2015 (
”Cannibals”), e o fez já mirando o próximo passo que dará com o power trio que sacudiu a mídia especializada em 2013.
E enquanto ele se prepara, ficamos sabendo em uma entrevista do próprio, que nos próximos meses, ele, Portnoy e Billy Sheehan voltarão ao estúdios para o tão esperado segundo CD. Mas como abordar esse informação quentíssima falando de música, sendo que o debut do grupo já foi amplamente discutido?
Simples, a banda começou a Tour no Japão e, como sabemos que os orientais possuem um mercado próprio dentro do meio fonográfico, não me surpreende o triste fato, de que ”The Winery Dogs – Unleashed In Japan” tenha sido um CD que não passou as barreiras do Atlântico. Isso mesmo senhores, lá saiu com uma edição turbinadíssima (incluindo até DVD), mas aqui nadicas de pitibiriba, só temos a versão de estúdio, agradeçam a internet. Essa pepita viu a luz do dia no dia 15 de abril de 2014.
Line Up:
Richie Kotzen (guitarra/vocal/violão)
Billy Sheehan (baixo/vocal)
Mike Portnoy (bateria/vocal)
Track List:
”Elevate”
”Criminal”
”Time Machine”
”I’m No Angel”
”Not Hopeless”
”Stand”
”You Can’t Save Me”
”Shine”
”Fooled Around And Fell In Love”
”Desire”
Fora o fato de ser outra opção para escutar o magnífico Hard que o trio produz, o que me fez vir aqui com esse live foi a track list. Perceba que além dos estouros do debut, temos ainda faixas solos de Kotzen, comprovando mais uma vez que não tem como, Portnoy é um baterista formidável, Billy Sheehan arrebenta no baixo, mas ele é o principal destaque, o front man.
E fazendo como tal, o cidadão mata a responsabilidade no peito, e agora, ao vivo, a coisa ganha o espectro ainda mais improvisado que disco de estréia tanto evidencia. Só achei injusto essa pataquada de não lançar aqui, mas de novo, o Japão é estratégia de mercado, lá os CD’s vendem, as tours movimentam um dinheiro monumental e muitas bandas investem nisso. O supergrupo se mostrou muito perspicaz.
Trabalhando com praticamente o mesmo tempo de duração do trabalho de estúdio e apresentando um Richie ainda mais ousado, os americanos comprovam: um pouco de virtuose não faz a mal ninguém, desde que seja à serviço do groove, e essa fritação é a prova disso. Sheehan é um músico fantástico e para quem disse que Mike não ”aparece” nas baquetas, tenho somente uma coisa para pontuar: preste atenção.