The Coral – Move Through The Dawn (2018) Jogar fácil é arte e em seu novo disco, os rapazes de Liverpool continuam dominando bem o estúdio!!
Lá se vão 16 anos, desde que o The Coral lançou o explosivo, anárquico e deliciosamente envolvente The Coral (2002). Um disco de estreia de uma meninada que batalhava já desde o final dos anos 90 e que chegavam com um disco de qualidade incrível e rapidamente premiado. Seria de se imaginar, hype, muitos festivais ao redor do mundo e formulas sendo repetidas ao longo dos próximos discos.
A integridade e consistência que esses guris de Liverpool vieram mostrando ao longo de sua carreira é certamente algo raro, como é rara a sua forma de fazer música. Em 1996 foram se juntando vindos de Hoylake, uma cidade da península de Wirral, do outro lado do rio Mersey, de Liverpool, o vocalista e guitarrista James Skelly, o guitarrista Bill Ryder-Jones, o baterista Ian Skelly e o baixista Paul Duffy. Pouco tempo depois incorporaram o outro guitarrista, Lee Southall e depois de alguns anos ensaiando e tocando, eles adicionaram o tecladista Nick Power
Estranhou o “guris” presente ali em cima? Pois saibam que hoje, com mais de 20 anos de banda oas caras estão na faixa dos trinta anos. E amadureceram como homens junto ao seu trabalho profissional com música, com a sua arte começada ainda na adolescência.
Isso é facilmente perceptível se acompanharmos as mudanças pelas quais o som da banda passou, sempre dedicado a uma pegada retro rock, os caras foram se desenvolvendo e incorporando influências. Desde sua estreia em 2002 até hoje, com o lançamento de Move Through The Dawn (2018), não produziram um disco parecido com um anterior e sempre alcançaram resultados impressionantes dentro dessa discografia diversa.
Nesse nono disco da carreira, o The Coral apresenta um álbum excelente, mais uma vez, para ouvidos pouco afetados e ansiosos pela nova grande novidade que veio sabe-se lá de onde salvar o rock, esse adorável zumbi. Em Move Through The Dawn (2018) os caras apresentam 11 faixas e seguem mudando seu som sem perder consistência.
As três primeiras faixas vão rumo a uma música rock com uma pegada pop mais ensolarada, mas não se engane. O disco é um The Coral legitimo, trazendo suas canções com toques psicodélicos, mellotron empapando algumas faixas, baladas de origem sixties, e aqueles refrões ganchudos.
Os caras seguem afiados, e James Skelly não perdeu a mão de maneira nenhuma, seu vocal permanece na medida. Isso é claramente perceptível, seja para baladas do nível de Eyes Like Pearls, seja encontrando a densidade necessária em Stormbreaker.
Nossa faixa preferida até agora é She’s a Runaway, que traz aquele apelo psicodélico delicado que os caras sempre usaram ao longo dos seus discos, sem fazê-los parecerem caricaturas perdidas no tempo!
Ouça aqui o disco Move Through The Dawn (2018) do The Coral, e abaixo colocamos os clipes que os caras soltaram como singles desse disco. Boa audição!