Acostumados a uma sonoridade com os dois pés no psicodelismo sessentista de bandas como The Beatles e Pink Floyd, o Tame Impala conquistou em pouco tempo uma sólida base de fãs com canções cheias de guitarras lisérgicas e melodias altamente hipnóticas, que conseguem criar uma atmosférica onírica cativante.
Evidente que desde o primeiro álbum a banda utiliza (e muito) distorções e efeitos, afinal qualquer proposta de rock psicodélico que se preze não pode abrir mão desses elementos sem perder uma infinidade de recursos próprios do estilo. Let it Happen, porém, é uma passo adiante nas possibilidades experimentais e, claro, chapantes dos recursos eletrônicos. Como era de se esperar os teclados de Jay Watson são o destaque da música ajudando a criar um clima etéreo para a canção.
Mas não é apenas o fato dos efeitos terem ganhado mais destaque, ou mesmo a pouca centralidade das guitarras, a mudança principal talvez seja a influência que a música eletrônica exerce sobre a batida de Let it Happen. Acho que podemos afirmar sem receio que a faixa não faria feio tocando em raves mundo afora.
Já vi muita gente por aí torcendo o nariz. Posso dizer que gostei bastante e estou curioso para saber como isso vai funcionar ao longo do disco; que por sinal ainda não ganhou uma data de estréia.
Enquanto isso o jeito é seguir o conselho do Tame Impala e deixar rolar…