Track List CD1:
”Are You Ready”
”Color Me True”
”Won’t Be Long”
”We Love All (Freedom)”
”Medley: Turn Me Loose/I Can’t Turn You Loose”
”Chicken”
”Love City”
Track List CD2:
”M’Lady”
”Don’t Burn Baby”
”Color Me True”
”Won’t Be Long”
”St. James Infirmary”
”Medley: Turn Me Loose/I Can’t Turn You Loose”
”Are You Ready”
”Dance To The Music”
”Music Lover”
”Medley: Life/Music Lover”
Track List CD3:
”Life”
”Color Me True”
”Won’t Be Long”
”Are You Ready”
”Dance To The Music”
”Music Lover”
”M’Lady”
Track List CD4:
”M’Lady”
”Life”
”Are You Ready”
”Won’t Be Long”
”Color Me True”
”Dance To The Music”
”Music Lover”
”Love City”
”Medley: Turn Me Loose/I Can’t Turn You Loose”
”The Riffs”
Fazendo sempre dois sets por noite, este pacote nos mostra como é possível cozinhar cérebros mesmo com pouco repertório, afinal de contas quem conhece sabe: o Sly nunca toca a mesma faixa da mesma maneira.
E é exatamente isso que este disco tenta ressaltar: uma banda no topo de seu jogo. É impressionante a versatilidade e a vitalidade que os caras empregam nos mesmos sons, na mesma noite e no calor do improviso. No set do dia 04 de outubro (eternizado nos 2 primeiros discos), por exemplo, notamos que apesar de ”Are You Ready” e ”Color Me True” se repetirem, não teve um membro da plateia que não mostrou os dotes rebolativos de sua respectiva bacia. Dava pra cortar a fumaça e a energia com uma faca!
As linhas de baixo de Larry Grahm passavam como rituais psicodélicos travestidos de efeitos Doppler. Sly destilava o vocal com sua tradicional tranquilidade mundana e, entre doses cavalares de Funk em medleys cataclísmicos (como ”Turn Me Loose/I Can’t Turn You Loose” e ”Life/Music Lover”), o que fica claro é o caráter arisco dessas músicas.
Tanto ao vivo quanto em estúdio, era impossível prever o que iria acontecer, nem mesmo a banda sabia o que ia rolar, mas, pelo menos nesta fase, não importava o set list, o resultado era sempre apoteótico, tal qual a versão de ”Chicken” que recheia o box.
Os metais davam a largada, uivando por passagem, atravessando e fazendo todos se adequarem a novos padrões. Seja infileirando hits como ”Dance To The Music” e releituras que outrora viraram standards na voz de Aretha Franklin. ”Won’t Be Long” e Rose Stone, senhoras e senhores.
O som era apaixonante, dava pra sacar que a banda estava ali de corpo e alma e o tesão, a vontade de fazer acontecer, eram os polos positivos e negativos que confundiam e energizavam banda e platéria. ”Live At The Fillmore East” não é apenas um bloco de 208 minutos de swing, groove e slap, é muito mais do que isso.
Eis aqui um som que vai além dos direitos civis e de todas as experimentações ácidas para chegar ao cerne do swing. O lance não era tirar as pessoas para dançar, era ver até onde a coqueluche de ritmos quentes poderia levar o ouvinte… É uma pena que todos os envolvidos tenham se perdido no caminho.