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Shake Sauvage: as trilhas sonoras do cinema francês

sexopolis

Shake Sauvage é uma compilação com a nata das tracks do cinema francês dos anos 60 e 70. Agrada cinéfilos e audiófilos.

Os europeus apreciam cinema num outro nível. O pessoal da zona do euro se envolve com cada etapa da cadeia produtiva das películas, e isso é excelente para o bem do resultado final. Qualidade de imagem, fotografia, cenografia (ainda mais se for algo de época)…

O bom gosto impera nas mentes criativas, mas nada se compara ao garbo e elegância das trilhas sonoras. É interessante observar a riqueza das diferentes estéticas e como o próprio cinema influenciou essa abordagem.

O cinema francês merece um capítulo à parte nessa discussão, pois além de uma estética única – pensando na imagem – eles também atingiram um novo patamar de produção com o trabalho complementar de trilhas sonoras.

Track List:
”Sexopolis”
”Nues dans L’eau”
”Haschisch Party”
”Jukes Boxes Chez Saidani”
”Full Speed”
”Ok Chicago”
”Kidnapping”
”I Don’t Know Why”
”L.S.D. Party”
”Le Crocodile Porte-Cle”
”Le Temps Des Loups”
”African King”
”Bowery Mood”
”Petrol Pop”
”Le Theme d’Olivier”
”Munich Party”
”Sweet Bacon”

E para adentrar esse mundo, a compilação “Shake Sauvage: French Soundtracks – 1968-1973” é a porta de entrada perfeita. Uma seleção com diversos takes perdidos do melhor das trilhas francesas dos ’60 e ’70, esse trabalho prima por trazer à tona diversas compositores e grupos franceses que ficaram à margem dos grandes mercados, como Jean-Pierre Mirouze, Francis Lai e Claude Bolling, por exemplo.

Essa compilação saiu em 2000 e o conteúdo deixa bem claro como os compositores europeus não devem nada para os outros grandes celeiros de trilhas do mundo. O disco passeia por diversas estéticas diferentes – entre ocidente e oriente – e foi mais uma grande sacada do selo alemão Crippled Dick Hot Wax, especializado no lançamento de trilhas de filmes lado B da europa. 

É uma curadoria e tanto e um prato cheio para cinéfilos e audiófilos. Um ponto interessante nesse trabalho é que os compositores nunca se repetem. São 18 nomes envolvidos e, consequentemente, 18 filmes.

O resultado gira em torno de 50 minutos de Jam e a qualidade da produção espanta, não só pela versatilidade das linguagens musicais presentes, mas também pelo pioneirismo, quando levamos em conta a época que esses registros foram gravados. Tem de tudo, desde Funk até algumas tracks de Pop radiofônico. É tiro certo. 

-Shake Sauvage: as trilhas sonoras do cinema francês

Por Guilherme Espir 

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