Revisitando Misantropo a Senso Unico (2000) Cripple Bastards -Brutalidade, angústia e psicopatia definem esse grande clássico do grindcore!!
O chefe pediu, noiz faz!
Estávamos todos no grupo da redação do Oganpazan quando, meio que do nada, senhor Danilo solicita um texto sobre o Cripple Bastards. Quem contraria o chefe? “Eu não sou loucooo….”.
Então vamos ao texto!
Tirando toda essa zoeira, necessário destacar que é um prazer falar do Cripple Bastards, bem como revisitar esse clássico lançado pelos caras, Misantropo a Senso Único (2000) e claro contar algumas historinhas minhas com essa banda mais deliciosa que gelato italiano.
Na primeira metade da década de 2000 quatro moleques bolados juntaram a grana do lanche e vieram de bus do Espírito Santo para fazer dois shows apocalípticos no Festival Thrash It!, que rolou em Aracaju/SE, organizado pelo coletivo Areia nos Olhos e em Salvador/BA, organizado pelo coletivo Nossas Mãos. Esses moleques eram os Ternuras.
Para ajudar com os custos da viagem, os moleques que também faziam parte do coletivo Crimes pela Juventude vendiam diversos cd’s, alguns deles pirateados, mas de uma forma bem legal, com uma capa foda, era quase um relançamento, uma versão da Crimes para alguns títulos que geral não tinha acesso, claro que o valor deles eram bem mais em conta. Foi assim que eu adquiri o álbum “Misantropo a senso unico” da banda italiana Cripple Bastards.
16 faixas em 30 minutos foi o suficiente para o Cripple Bastards fincar seu nome no rol seleto dos grandes lançamentos das bandas mais agressivas desse planeta.
Destacam-se as faixas Il sentimento non è amore; a curtinha Sbocco nichilista; Misantropo a senso unico, que abre o álbum e dá nome ao mesmo e 94x flashback di massacro, que são 6 minutos de pura agonia, e é por isso que sempre ao terminar de ouvir esse álbum eu fico com esse sentimento agressivo impregnado.
Vocês não vão entender o que estou falando se não ouvirem essa preciosidade:
Em 2012 eu tive o prazer de ver os caras ao vivo no Festival Abril Pro Rock, em Recife/PE, e foi uma experiência única, regada a socos, suor e dores musculares no dia seguinte. Se os caras alteram tudo no estúdio, imaginem ao vivo.