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Phillips Monsters of Rock, porque não só de cigarros viviam os festivais.

Phillips Monsters of Rock, porque não só de cigarros viviam os festivais. Bolodoido Musical passando a limpo os festivais no Brasil!

Deu a louca aqui na Bolodoido Musical, essa semana chovendo lembranças de festivais nacionais. Nem só de cigarros vivam os festivais brasileiros, a Phillips também entrou na onda e meteu o Phillips Monsters of Rock.

O festival Monsters of Rock é mundialmente conhecido, com edições em diversos países. No Brasil, em 94, aconteceu a primeira edição. Porém, em terras brazucas até 1998 o festival recebeu o nome de Phillips Monster of Rock, por conta do patrocínio daquela marca de televisão.

Somos chatos e vamos desconsiderar todas as edições posteriores a 1998, que foram 2013 e 2015, simplesmente porque não tinha mais o nome Phillips. E a Phillips nem tá botando uma grana pro Oganpazan.

Tal qual fizemos com o Hollywood Rock, vamos destacar 10 apresentações fodásticas desse importante festival da década de 90.

Antes de passarmos aos shows, é importante frisar que o Phillips Monsters Of Rock, diferente dos festivais que pincelamos anteriormente, fazia jus ao nome: É SÓ ROCK BRABU MERMU!

1. Suicidal Tendencies (1994)

Definitivamente o melhor line up de todas edições do Phillips Monsters of Rock foi a primeira edição.

Parece que os organizadores queriam passar um recado pra o Rock In Rio e o Hollywood Rock, vocês não fazem festival de Rock, isso aqui é um festival de Rock.

Além das 04 bandas que vamos citar aqui, colocaram o Pacaembu abaixo: Dr. Sin, Angra, Viper e Kiss.

Caralho, você desembolsar uma grana para ver todas essas bandas e ainda os verdadeiros Reis de Venice Beach, deve ter valido muito à pena.

Em 1996 o Suicidal Tendencies já era uma banda renomada no cenário, tanto mainstream como underground. Os caras são influência para quase tudo que é feito em termos de rock mais pesado. Porra, até o Charlie Brown Jr. queria ser os caras.

E os caras demonstraram na sua apresentação o porque são os Reis da porra de Venice. Abriram o show com “Suicyco Muthafucka” seguido de “War Inside My Head”. Sequência matadora!

Vale destacar que nessa passagem da banda pelo Brasil, quem tocava baixo com os caras era o paloso do baixão, Trujillo, que ficou bem conhecido após assumir o baixo do Metallica.

2. Slayer (1994)

Como eu adiantei esse line up estava devastador, a penúltima banda tocar nessa edição foi o Slayer. Se o Suicidal são Reis de Venice, esses daqui criaram o Thrashmetal. Ponto.

Ficou estreito pro Kiss fechar um evento com tantas bandas magníficas, mas eles se saíram bem.

3. Raimundos (1994)

Mesmo problema não teve o Raimundos.

Os caras foram alocados numa posição privilegiada no evento, depois da merda do Angra e antes da bosta do Viper, tinha que se esforçar muito para fazer um show ruim. Isso nem o Raimundos conseguiu.

Os caras estavam no hype em 1994, tinha saído aquele disco pelo selo Banguela, homônimo, que tocava em tudo que é carro de maconheiro e algumas faixas, impressionantemente, tocavam nas rádios. Anos 90 foi bem maluco.

Mas o Raimundos precisava realmente mostrar que tinha capacidade de segurar a onda, de fazer um show num festival foda e assim o fez.

Apesar de tocarem ainda cedo, o Pacaembu já estava lotado e “Nega Jurema” de pronto já fez geral degladiar.

4. Black Sabbath (1994)

Você está pensando, “Dudu você se contradisse. Pagou um pau fudido pra esse festival e escaldou Vipe e Angra”. Não, o festival realmente nessa primeira edição reuniu um time de peso, só que Angra e Viper não dá né mano? Mas mesmo assim, a participação deles foi fundamental para grade, pois tem muita gente que gosta dessa porra, por incrível que pareça. Eu até curtia um “Carry on” diquebradinha e um “Come Rage”, mas só.

Mas fodace Vipe e Angra, a porra do festival tinha Black Sabbath carai! Vamos falar do que realmente importa.

Primeiro de tudo, se você é viúva de Ozzy pode pular, ele foi iskorado.com.br. Nessa formação do Monsters of Rock que estava nos vocais foi o Tony Martin, que fez parte da banda no final da década de 80. Sinceramente, e fodace quem não acha, eu gosto pra caralho tanto dessa fase do Sabbath como a época com Dio.

Sim, a fase com Ozzy é legal. Mas a carreira solo dele foi melhor. 

https://www.youtube.com/watch?v=m7mw4_i7jxE

5. Ozzy Osbourne (1995)

Para vocês não chorarem, vou destacar aqui justamente a passagem de Ozzy pelo Phillips Monsters of Rock de 1995.

O festival permaneceu no Pacaembu, tendo no line up nomes como: Virna Lisi, Therapy?, Megadeath, Alice Cooper e ele, o príncipe das trevas, Sir. Ozzy Osbourne.

O sacaninha chegou tirando onda, meteu de entrada um “Paranoid”, meio que pra dizer que no ano anterior era fake, que o real era ele. Malditos ingleses, sempre pedantes.

Mas na moral, assista esse show. Mas assista com gosto, que vocês vão entender porque considero a carreira dele solo muito melhor que a época do Sabbath.

O cara estava super empolgado, eu me amarrava nele jogando água no público, trouxe a plateia pra si e zerou o game.

6 Faith no More (1995)

Mas antes da apresentação de Ozzy, tinha o Faith No More. E os caras não estavam de cu nesse fest não.

Em 95 o Faith No More já tinha emplacado vários hits, como “Epic”, “Easy”, “We care a lot” e um monte de porra. Inclusive, “Easy” foi trilha de novela global, então os caras estavam badalados. Para além disso, em 1995 eles lançaram o disco “King for a Day… Fool for a Lifetime”, que tinha o hit “Evidence”, mais daquelas baladinhas que nunca entendi desses bixos, kiscaras estranhos.

Nessa estranheza toda, Mike Patton divou no palco do Phillips Monsters of Rock, bem como o baixão comeu no centro.

Faith no more é foda pra caralho.

7. Biohazard (1996)

Em 96 a organização do festival decidiu dar uma moral para o New York Hardcore, nada mais justo.

Então, representado a cena Nova Iorquina, desembargou no Phillips Monsters of Rock os brabos do Biohazard.

Nessa edição teve o retorno do Raimundos ao Festival, bem como uma inovação que foi a etapa carioca, bem mais enxuta, com apenas 03 bandas do line up de São Paulo.

8. Iron Maiden (1996)

Uma das bandas que tocou tanto na etapa paulista como na carioca foram os ingleses do Iron Maiden.

Sem sombra de dúvidas o melhor vocal do Iron Maiden foi Paul Di’Anno, se você não acha isso é porque ouviu errado.

Quando Dickinson saiu para meter sua carreira solo, uma bosta por sinal, as velhas viúvas de sempre fizeram questão de desfazer de Blaze Bayley que assumiu os vocais nessa época, fazendo inclusive esse show do Phillips Monsters of Rock de 1996.

Velho, Blaze é foda pra porra! Na moral mesmo, deixem de apego.

Um detalhe sobre esse show, tem uma hora que tem um bondão de gente no palco. Sensacional!

9. Dorsal Atlântica (1998)

E enfim, em 1998, foi a última edição do Phillips Monsters of Rock. Dessa vez o festival se realizou no Ibirapuera e contou com nomes renomados da música pesada, tais como Saxon, Dream Theater, Manowar, Megadeath e o retorno do Slayer ao festival.

Mas nenhuma dessas bandas ofuscou o brilho do Dorsal Atlântica, que de forma mais que justa foi convidada a deixar seu nome no festival.

Os caras são pioneiros o Thrashmetal nacional, tinham por obrigação figurar nessa grade.

10. Korzus (1998)

Outra banda nacional, muito influenciada pelo Dorsal, que tocou na edição de 98 do Phillips Monsters of Rock foi o Korzus.

Os caras estavam em casa, logo o público todo ali presente abraçava a ideia deles. Uma apresentação foda, de tarde, que na minha opinião é o melhor horário para esses shows.

Bagaceira pura.

-Phillips Monsters of Rock, porque não só de cigarros viviam os festivais.

Por Dudu  

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