A dupla Omar Rodriguez Lopez e John Frusciante – foi responsável por audaciosos experimentos guitarristicos
Primeiro disco colaborativo entre o Frusciante e o Omar Rodriguez, esse auto intitulado lançado em 2010 é uma gema da música experimental.
Gravado em 2003, no quarto do Omar Rodriguez – com uma máquina de fita – esse disco é uma piração de texturas bastante sensível e vibrante, apesar do clima melancólico.
A estética explora o som das guitarras como se fossem sintetizadores e o tear de camadas é montado com John na guitarra, sinth e baixo, enquanto Omar – também no sinth, guitarra e baixo – ainda comanda a bateria eletrônica.
São menos de 30 minutos de som, distribuídos por 7 takes que infelizmente não estão nos serviços de streaming.
Track List:
“4:17 am”
“0=2”
“LOE”
“ZIM”
“VTA”
“O”
“5:45 am”
No YouTube você acha esse trampo completo e o groove amalucado vai surpreender seus ouvidos. A experiência de escutar o play é muito contemplativa e ordenada, apesar da abordagem, fruto da exploração do trabalho da dupla em busca de novas possibilidades.
É muito massa viajar nos sons e ficar tentando adivinhar se é o Frusciante ou o Omar no toque… O som dessa Jaguar 62 do menino John é brabíssimo. São ecos melódicos em meio ao caos. Ordem nos escombros. Luz & sintetizadores.
Esse disco antecipou muito das experimentações que John Frusciante faria durante boa parte dos anos 2000, até seu mais recente retorno ao Red Hot Chili Peppers. Muito da essência dessas ideias começa nessa fase, que foi uma das mais produtivas de sua vida. Para quem deseja adentrar nesse universo, creio que esse projeto seja uma excelente porta de entrada.
