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Oganpazan entrevista Bike

Este final de semana (25 e 26) ocorre a edição 2022 do Picnik Festival em Brasília. Conversamos com a jovem banda Bike sobre sua participação ao lado do guitarrista Gui Held. 

Um pouco sobre a Bike

Os integrantes da Bike naquela pose de style de banda. 

Não é exagero afirmar que a Bike está entre as principais representantes da  psicodelia brasileira atual. A banda paulista formada em 2015 saiu do interior para rodar os palcos brasileiros. Tendo se apresentado também na gringa. Somam-se três turnês europeias que abrangeram cidades na Espanha, Portugal, Inglaterra, Alemanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, País de Gales e Escócia.

Pra terem moral suficiente para tal empreitada os caras tiveram que criar um lastro, muito bem formado pelos 04 álbuns lançados pela banda desde sua formação. São eles “1943“, lançado em 2015, “Em Busca da Viagem Eterna” de 2017, “Their Shamanic Majesties’ Third Request” de 2018 e “Quarto Templo” de 2019.

No final de 2021 a banda lançou dois excelentes singles: “Além – Ambiente” e” Yoga Fire“. Nesta entrevista falaremos sobre os projetos da banda para 2022, quais os lançamentos que virão, da parceria com o guitarrista Guilherme Held e da participação em conjunto com este no Picnik Festival no dia 26, próximo domingo. 

A entrevista

Carlim Oganpazan: Em 2021 vocês fizeram vários lançamentos. Dois registros ao vivo: Live Sessions vols 1 e 2, além de dois singles: Além – Ambiente e Yoga Fire. Vocês estão preparando novos lançamentos para 2022? 

Bike: Nesse ano de 2022 começamos a gravar nosso quinto disco. Ainda estamos no processo de mixagem, esperamos que dê tempo de sair algo esse ano ainda, quem sabe um single. Mas ainda não dá pra saber, estamos no processo ainda.

Carlim Oganpazan: Qual a expectativa de vocês para o show no Picnik 2022? Será o primeiro festival em que vocês se apresentam desde a retomada dos eventos na modalidade presencial?

Bike: Sim vai ser o primeiro festival. Estamos bem ansiosos para voltar pro Picnik, que sempre nos acolheu bem. Tocamos há uns meses atrás no Infinu e foi muito foda, o lugar e a galera. Preparamos um show especial pro festival.

Carlim Oganpazan: Vocês sobem ao palco junto com o produtor musical e guitarrista Guilherme Held. Como surgiu a parceria e o que representa dividir o palco com ele?  

Bike: Somos fãs do trabalho dele como guitarrista e no começo da pandemia ele soltou o primeiro disco solo, que a gente ouviu bastante. Entramos em contato para um edital que não passou, mas rolou um interesse musical de ambas as partes e achamos que seria interessante, então o convidamos para produzir, gravar e mixar o disco novo. Nos entendemos muito bem desde o começo e o BIKE cresceu absurdamente com o Gui, além de nos tornarmos amigos. Dividir o palco com ele representa um avanço pra gente como músicos, porque o Guilherme já dividiu palco com muitos artistas de alto calibre do Brasil, dos quais somos todos fãs. E poder tocar junto com ele agora foi algo que a gente nunca nem pensou, mas que rolou muito naturalmente e com certeza é showzão! 

Carlim Oganpazan: Qual a avaliação de vocês a respeito do papel que festivais como o Picnik tem para bandas independentes como a Bike? Consideram que há festivais suficientes no Brasil para que as bandas possam se manter em atividade ao longo do ano?

Bike: Infelizmente não há festivais suficientes. Ainda mais com a pandemia, muitos acabaram ou estão em hiato. O papel dos festivais é fundamental para bandas como nós, que dependem dessa “vitrine” para expandir o som organicamente para novos públicos. Faltam mais rotatividade e variedade nos lineups dos festivais para que mais bandas diferentes circulem. Muitas vezes um cachê de festival consegue viabilizar uma mini-turnê para uma banda independente, nós já fizemos isso várias vezes. Então um show vira 2, 3. Gera contatos, networking. Festivais são essenciais pras bandas continuarem seguindo. A própria banda ver shows de outras bandas, compartilhar experiências, tudo isso faz a coisa evoluir, é diversão mas também é evolução.

Carlim Oganpazan: Somos uma mídia nordestina, daí já quero saber se vocês já tocaram por aqui. Caso tenham, como foi a experiência de se apresentar diante do público nordestino? Caso ainda não tenham vindo pras bandas de cá, há previsão de shows por aqui e quais seriam as expectativas para tocar no Nordeste?

Bike: Sim, já fizemos algumas turnês pelo Nordeste e são sempre as mais calorosas literalmente! O público tem mais interesse em conhecer e ver coisa nova, trocar ideias. Nosso terceiro disco, Their Shamanic Majesties’ Third Request, tem muita influência da psicodelia nordestina como a faixa Ingá, que nasceu depois de visitarmos a Pedra do Ingá na Paraíba, do disco Paêbirú de Lula Côrtes e Zé Ramalho, além da participação do músico recifense Tagore na faixa Cavalo. Não vemos a hora de fazer outra turnê pelo Nordeste.

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