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28 nov 2024




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Gabriel Gaiardo Trio cozinhando na Jazz Factory
Colunistas

Gabriel Gaiardo Trio cozinhando na Jazz Factory 

Gabriel Gaiardo Trio cozinhando na Jazz Factory. A cena jazz de SP precisa de mais espaços com esse, onde possamos ver a força da música,,,

Nos últimos anos a cidade de São Paulo vem sofrendo baixas importantes no cast de casas de show. Isso acabou atingindo todo mundo, desde os DJ’s pen drive até o combo de brasilidades do seu parceiro, mas o circuito acabou ficando ainda mais fechado para a galera do Jazz.

O universo de clubes vai respirando por aparelhos, mas a cena se sustenta com um time de músicos incansáveis, que fomentam diversos projetos e que precisam de espaços para externalizar a produção, sem que sejam reféns dela. 

Em tempos de perseguição para a arte e a cultura, é bom quando ouvimos falar que apareceu um novo espaço pra essa galera fazer uma jam. A bola da vez é a Jazz Factory, casa localizada à menos de 2km da estação Vila Madalena do metrô. 

O espaço é recente, mas já começou a fomentar o som e na última quarta-feira (dia 15 de janeiro) foi a vez do Gabriel Gaiardo levar seu trio pra fazer fumaça na cozinha, acompanhado por Nuno Nascimento (baixo) e Fernando Amaro (bateria).

Com um repertório dividido em duas entradas, o grupo mesclou composições do próprio Gaiardo – como “In Honor To Captain Kirkland” e “For Now”, presentes no “Live At Dissenso Studio” – com standards do Jazz, como, por exemplo, “Freedom Jazz Dance” (Eddie Harris), “Third Plane” (Ron Carter) e “Juju” (Wayne Shorter).

Vale lembrar que Nino, Fernando e Gaiardo já tocam juntos há algum tempo, então o flow do espetáculo – além de bastante entrosado – surgiu repleto de embates muito interessantes, tanto em termos de dinâmica, quanto de condução.

O Fernandinho Amaro é um dos bateristas mais completos da cena. É notável como ele mantém o som pulsando, sempre com uma visão cuidadosa pra não atrapalhar o dinamismo do trio. O Gaiardo cumpre a difícil tarefa de harmonizar a cozinha, sempre com aquele feeling ácido, que faz balançar o pezinho, mas que também é capaz de fazer até o mais troglodita escorrer uma lágrima.

Nino trabalhou muito bem os tons no baixo. Ao melhor estilo luz e sombra, o habilidoso baixista oferece uma sólida parede de 4 cordas para preencher os intrincados tempos que a dupla Gaiardo-Fernandinho oferece como tributo ao groove.

Foi um set cirúrgico e numa casa que tem tudo pra ajudar a fomentar a vasta cena de instrumentistas da cidade. Tem muita gente talentosa, muitos projetos com configurações bastante interessantes, então é só questão de liberar o palco… Deixa que os meliantes fazem o resto.

-Gabriel Gaiardo Trio cozinhando na Jazz Factory

Por Guilherme Espir 

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