Samambaia (1981) Hélio Delmiro e Cezar Camargo Mariano – Oganpazan drops. Um dos discos mais fundamentais da música brasileira
Hélio Delmiro no violão ovation e guitarra, com César Camargo Mariano no piano Yamaha (Cp 80). Basicamente isso é tudo que você precisa saber. Ah, acho importante já falar agora que essa preciosidade não está nos serviços de streaming (caraio, Spotefai), mas rola achar no YouTube, suavemente.
Um disco capaz de mudar uma vida, descobri essa pérola tem uns anos já, bem quando comecei a pesquisar sobre música brasileira mais à fundo. Fiquei absolutamente perplexo. Na quarentena eu escuto esse trampo no mínimo uma vez ao dia e tem feito muito bem, acalma a alma.
Nem me atrevo a falar sobre isso aqui. Tem muito disco por ai – principalmente as gemas nacionais – que eu simplesmente acho até uma petulância da minha parte querer resenhar e sintetizar uma ideia sobre trabalhos raros como esse, que se levam pra uma vida inteira.
Track List:
“Samambaia”
“Carinhoso”
“Emotiva N°4”
“Curumin”
“Das Cordas”
“Milagre dos Peixes”
“Choratta”
“No Rancho Fundo”
“Ninhos”
“Maria Rita”
Essa gravação – lançado em LP pela EMI-Oden – é um pilar da música instrumental brasileira, um clássico absoluto e que a cada audição revela algo novo. É interessante notar, no entanto, que esse é o único trabalho colaborativo entre os 2… Depois dessa gravação, Hélio acabou focando em sua (belíssima) carreira solo, além de promover outras colaborações, enquanto César seguiu tocando seus projetos, além de arranjar para outros artistas.
Imagina tentar suceder isso aqui? Na minha mente penso que eles até cogitaram, mas a alquimia foi tanta que simplesmente foi melhor parar por ai.
É um duo de piano e violão com interações maravilhosas, repleto de melodias, improvisos e swing, afinal de contas: tem que ter groove, papai.
Rola de tudo, desde temas autorais até sons do Pixinguinha, Ary Barroso e Milton Nascimento. São menos de 40 minutos absolutamente sublimes.
-Samambaia (1981) Hélio Delmiro e Cezar Camargo Mariano – Oganpazan drops
Por Guilherme Espir
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