St. Louis Disaster prepara o primeiro disco no BTG Studio 

St. Louis Disaster prepara o primeiro disco no BTG Studio, com previsão de lançamento para 2020, os caras seguem azeitando bem as máquinas!!

O Rock é um estilo que vem perdendo adeptos no contexto contemporâneo. É um cenário interessante para ser observado, pois ele se apoia na própria incapacidade que o estilo teve de se manter relevante, algo que não aconteceu com outros gêneros, como o Hip-Hop, por exemplo.

A cozinha que faz o seu vizinho chamar a polícia segue gravando bons discos? Sim, mas em termos de relevância está longe de conseguir o mesmo protagonismo de outrora. Pensando no mercado nacional, é até relativamente fácil compreender o motivo de tamanho insucesso.

Com um underground lotado de grupos de Stoner que compraram um Fuzz Big Muff, uma cena de Rock Psicodélico (inofensiva) que é fanboy do Tame Impala e as mesmas temáticas nas letras – a tríade: mulheres, drogas e cachaça – fica difícil enxergar algum momento de reinvenção. Mas a verdade é que apesar da mesmice, se você pesquisar, vai encontrar bandas muito interessantes e que mostram propostas de fato genuínas e que fogem do óbvio pela tangente.

Uma das mais peculiares é o St. Louis Disaster. Grupo formado em 2013 pelas mãos de David Macedo (guitarra/baixo) e Welder Rodrigues (guitarra/voz/sintetizadores), a banda passou por um longo processo de maturação. Entre mudanças de direcionamento musical e alterações na formação, com a entrada de Rob Ashtoffen (guitarra/baixo/voz) e a recente chegada de Renato Pestana (bateria), o grupo superou os hiatos e levou 10 composições para o BTG Studio.

Depois de um longo processo de pré-produção, o quarteto definiu os rumos criativos que sua fusão de Heavy Metal e Rock Progressivo visam explorar, trabalhando desde o BPM dos temas, até os arranjos de corda que serão assinados por Carlos Eduardo Samuel. É sob a batuta de Zeca Leme que o Prog Metal está se desenrolando, enquanto os meliantes encaixam shows na complexa agenda de gravações.

Com previsão de lançamento para 2020, a banda está concluindo o registro das vozes para começar a arquitetar a escolha dos singles e outros detalhes que permeiam a promoção do debutante. No dia 24 de janeiro o grupo se apresenta em São Paulo, na Casa do Mancha e levará ao palco todo o repertório desse trabalho, explorando todas as suas ambiências e nuances sob a ótica do som pesado.

Com vocais guturais intercalados com outros cantados, uma característica interessante do grupo é a dinâmica. Vale lembrar que David Macedo e Rob Ashtoffen (Átrio/Prog Jazz do Absudo) trocam de instrumentos durante o espetáculo, alternando-se entre baixo e guitarra. 

O Renato Pestana (Átrio/Monstro Amigo) trouxe um quê muito interessante para essa jam. Com técnica de Jazzman, o baterista conduz o som com toda a precisão requisitada pelas quebradas composições, sempre mantendo o peso.

Com uma abordagem Progressiva, chapadas texturas de sinth e a dobra de guitarras de Welder Rodrigues, som impressiona pela inventividade e pelo encontro de influências que conseguem coexistir de maneira harmônica no contexto do Heavy Metal. 

-St. Louis Disaster prepara o primeiro disco no BTG Studio

Por Guilherme Espir

Fotos por Welder Rodrigues

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