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CD's, joe noval, michael rafalowich, The Golden Grass

Na pegada etílica do The Golden Grass

Normalmente quando venho noticiar um novo disco, banda, ou projeto, venho notando que o CEP é sempre o mesmo: Suécia. Um amigo meu veio ”reclamar” esse dias sobre o assunto inclusive. Dei risada mas parei para pensar e até que ele estava ”certo” e as aspas são perfeitas para explicar o motivo.
Nunca tive preferência pela nacionalidade do que se passa pelo meus fones, mas é verdade, pela quantidade de bandas Suecas que temos aqui os caras mereciam até uma divisão exclusiva! Mas é tudo coincidência, tem muita coisa boa por lá e muita opção fora da bendita terra de Malmsteen. E para provar que não sou adepto da Xenofobia (aversão aos gringos), que nesse caso não sejam suécos, conheçam os americanos do The Golden Grass e o debutante que o trio lançou em maio de 2014.

Line Up:
Adam Kriney (bateria/vocal)
Joe Noval (baixo)
Michael Rafalowich (guitarra/vocal)

Track List:
”Please Man”
”Stuck On A Mountain”
”One More Time”
”Wheels”
”Sugar N’ Spice”

O Golden Grass foi uma das minhas maiores gratas surpresas do ano passado. O Power-Trio americano possui uma cozinha Hard-Psych que é padrão FIFA, coisa realmente de primeiro mundo e que à julgar pela velocidade que seu som se propaga pelas redes sociais, deve estar bombando em Nova York.
Um paralelo que gosto (bastante) de traçar, para que você, digníssimo leitor, possa ter uma ideia do que a banda faz, é chamá-la carinhosamente de ”Kamchatka americano”, devido a semelhança do som dos caras com o Trio Suéco.
Mas continuando, o diferencial desse som em relação até o próprio Kamchatka é que aqui a abordagem é bem mais Psych e, que a banda tem um instrumental menos polido, mas que também apresenta  muita técnica de todos os envolvidos, fora o absurdo caráter improvisatório, fator que faz o som correr sem amarras.
Começando bem com ”Please Man”, faixa rápida, que apoiada nas precisas viradas de Adam Kriney (que além das baquetas ainda completa turno no vocal), acerta a mão em riffs e acentua o peso do grave num som redondinho, swingado, pesado e com muito entrosamento, completando o time com a guitarra de Michael Rafalowich e o baixo sempre alerta do digníssimo Joe Noval.

Criatividade em toneladas, ”Stuck On A Mountain”, mudanças repentinas, passagens instrumentais sempre dominando o fluxo com muita propriedade, formando um trabalho absolutamente coeso e que atinge o ápice de insanidade com os 12 minutos de ”Wheels”, para depois fechar a conta em menos de 40 minutos com ”Sugar N’ Spice”. Um trampo curto é bem verdade, até nisso lembra os ’70… Banda para ficar de olho, grande disco e um puta som.

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