O Fausto Silva, possui um bordão que mesmo sendo usado para ilustrar grandes teses esdrúxulas, é de certa valia quando usado em algum momento coerente. O bordão é o tradicional: ”Quem sabe faz ao vivo”. Por meio deste, compreendemos que bom mesmo é o cidadão que faz ali na sua frente, no ato, com todas as variações de um momento inexato.
E hoje estas linhas visam destacar este bordão (só que dando a ele um caráter útil), a música. Dentre as grandes coisas que a tecnologia se prestou a fazer para nós, uma delas foi a evolução da qualidade de som e o crackeamento de certas gravações para efeitos de track isolada. É óbvio que existe muito mais coisa, mas para o entendimento desta narração o que foi dito já resolve.
Sempre gostei de pegar tracks com instrumentos isolados, ouvir só o groove, fraseados de guitarra, uma linha mais complexa de bateria, enfim, se você quiser algum som específico (isolado) é só ir para o Youtube, que pode ter certeza, tem qualquer pirotecnia que seus ouvidos possam imaginar e escutar!
E o interesse nessas linhas de estudo para música (ou até como forma de apreciação específica-individual), aumentou bastante e, acredite, muda a percepção do som e normalmente o faz para a melhor.
Logo, para sustentar a minha hipótese, chego com uma voz isolada, uma voz de rara beleza. As cordas vocais do príncipe da Motown, o swing apaixonantemente sexy de Marvin Gaye e sua interpretação a capella do clássico ”I Heard It Through The Grapevine”. Coloquem um babador! É um daqueles momentos que desmotivam as pessoas a seguirem carreira na música.