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Juju Rude perdendo 90% da marra de “Malandrona”? Não, pera…

Em audiovisual, a MC da Parada de Lucas: Juju Rude lança mais um single mostrando sua vivência na favela, num trap real de cria!

O trabalho de Juju Rude tem muito de quebra de paradigmas quando se trata do papel da mulher na musica e na sociedade. Historicamente, os amores bandidos sempre foram cantados porém dentro da perspectiva masculina, em geral tínhamos o malandro  nos contando através de sua ótica sobre seus relacionamentos. Ou por vezes, eram os homens, a encarnar um eu lírico feminino que narrava suas angústias e as dores à submissão do boêmio. O que se convencionou chamar de “trap de cria” nos últimos tempos se propunha muitas vezes a contar sobre as vivências na favela, porém em muitos casos sendo apenas espelho, reflexo, com zero de refçexão.

Dentro disso que veio a se chamar de “trap de cria”, Juju Rude despontou assumindo a “responsa” de não apenas relatar a vivência dos crias, mas também apontar a perspectiva feminina neste cenário. Sem caô e sem cutcharra, Juju Rude não maquia suas linhas e muito menos faz cosplay de bandida, apresenta-se como uma “Malandrona” cria da favela da Parada de Lucas que está tranquila no seu habita natural.

Porém, a tranquilidade e consciência desta “Malandrona”, pode ser completamente abalada diante de “um moreno, tatuado, com aquela cara de bandido e de safado”, será mesmo? A faixa do novo single da Juju Rude, reflete a perspectiva feminina de modo muito bem humorado, realista e crítico. A música, que tem produção do SUAV, ganhou um audiovisual contando com a direção e roteiro de Giovani Rafael e da própria Juju Rude. O videoclipe trabalha dentro da favela da MC, mostrando a estética das “Malandronas”, o bronze na laje, fazendo  o cabelo, toda trabalhada na auto estima!

Se por algum momento, você desconfiou que o cero iria virar a cabeça da Juju Rude, é porque realmente você realmente não entendeu o sex apeal e a consciência da “Malandrona”. Aliás, nos parece que todo e qualquer sex apeal, deriva de um todo, da postura e das ideias, não apenas da raba bronzeada, do acrigel nas unhas em dia ou na lace moldando um rostinho bonito. E é isso que Juju Rude reflete em seu novo single, uma independência feminina periférica, favelada e consciente de si mesma. 

Assiste aí e pega o pique da “Malandrona” que sabe o que quer!      

-Juju Rude perdendo 90% da marra de “Malandrona”? Não, pera…

Por Danilo Cruz 

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