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CD's, Fusion, Jazz, Jonas Hellborg, Mattias Eklundh, Ranjit Barot

Jonas Hellborg – The Jazz Raj

Os Power Trios são formações aparentemente simples, mas aí é que está o erro, não são, podem existir muitas variáveis. E mesmo que esta modalidade esteja ”em baixa” nos dias atuais, saiba que ainda temos músicos na vanguarda desta tradição, sempre tentando implementar seus projetos mantendo esta dinastia clássica.

E hoje venho com um dos músicos que ajudam a manter essa química única sempre na ativa, um dos maiores músicos de nosso tempo, o baixo suecamente virtuoso de Jonas Hellborg e seu novo trabalho, o petardo ”The Jazz Raj” lançado em 2014. 

Um disco que vai abrir sua cabeça em relação às sonoridades que o Jazz pode alcançar, por que além do groove único de Jonas, temos o também suéco Mattias Eklundh na guitarra e o Indiano Ranjit Barot na bateria, dando sequência ao projeto ”Art Metal” de Hellborg.

Interessante para o dizer o mínimo. É bom ver que temos músicos que ainda exploram suas cozinhas em busca de algo diferente e sempre acham! A linha de passes com esse trio ficou fantástica, Jonas tem a manha pra trabalhar nessa juridição e seus discos com Shawn Lane, Buckethead e Michael Shrieve são a prova que o cidadão não erra!
Line Up:
Mattias Eklundh (guitarra)
Jonas Hellborg (baixo)
Ranjit Barot (bateria)
Track List:
”The Swami On Park Street”
”Bacchic Frenzy”
O conteúdo do disco parece simples, mas não é. No recheio do biscoito temos ”apenas” duas faixas, duas senhoras suítes, ambas superando a marca dos trinta minutos de duração, e esbanjando expanção sonora. 

Jonas acompanha as linhas insanas de IA (codinome de Mattias), que por sua vez tenta cobrir seu comparsa, que sempre atento, faz chão para a batera virtuosa do indiano Ranjit Barot (que foi um dos grandes segredos para esta sonoridade). No fim, tudo se mistura, nada tem ponto fixo e, assim sendo, perdido nesse oásis criativo, sua cabeça vai longe.
Temos momentos mais rápidos, outros iterlúdios mais lentos, passagens caóticas, chapadas, de puro feeling… É música num grau que só genes especiais estão aptos a produzir. A abordagem de IA é o principal termômetro para que este disco tenha se estabelecida dessa maneira. 
Jonas é maluco, mas é um maluco beleza, já IA é meio sequelado, por vezes se perde nos experimentos e surge com cozinhas nada fáceis de serem digeridas, mas aqui ele controla sua vontade por sangue e mostra um lado que espero que este estabeleça residência fixa. 

”The Jazz Raj” é um trabalho de eloquência musical ímpar, quem conhece sabe da complexidade que é manter a bola em jogo durante mais de meia hora. O fôlego do batera é algo para se destacar, haja linhas para preencher e fazer frente a tanto virtuosismo, um ótimo trabalho!

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