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Jerry Garcia e David Grisman: Not For Kids Only tem que tocar no berçário

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Jerry Garcia e David Grisman gravaram muitos projetos juntos, desbravando o groove sem medo, chegando até mesmo a gravar discos para crianças!

Um bom músico é aquele que se preocupa com o futuro. Um cidadão que além de notar e aplicar as novas tendências, sente uma necessidade incrível de acrescentar algo para a linha futura, um objetivo que as vezes é maior do que apenas mais um disco de inéditas.

É um encontro entre gerações. Uma tentativa que visa compreender as mudanças que muitas vezes nos tornam antiquados perante os pimpolhos da geração Y. É aquele detalhe que faz uma criança nos diferenciar de um velho babão, principalmente na hora de comentar que o tio é um cara bacana.

 

Jerry Garcia e David Grisman

Essa ideia pode ser sintetizado pelo elemento Jerry Garcia e David Grisman, um elo acústico que resgata o cancioneiro infantil, criando um blend entre a sonoridade do Grateful Dead, com pinceladas de Country e ambiências bem menos psicodélicas, se comparadas com o apogeu do período flower power que Jerry Garcia e sua banda viveram em São Francisco nos anos 60 e 70.

Line Up:
Jerry Garcia (guitarra/vocal)
David Grisman (banjo/bandolim/vocal)
Hal Blaine (percussão)
Joel Craven (violino/percussão)
Matt Eakle (percussão)
Larry Granger (violoncelo)
Larry Hanks (harpa)
Heather Katz (violino)
Jim Kerwin (baixo)
Daniel Kobialka (violino)
Pamela Lanford (oboé)
Jim Miller (baixo)
Rick Montgomery (guitarra)
Kevin Porter (trombone)
John Rosemberg (piano)
Jim Rothermel (clarinete)
Willow Scarlet (gaita)
Nance Severance (violão)
Jody Stecher (violino/vocal)
Peter Welker (trompete)

Track List:
“Jenny Jenkins”
“Freight Train”
“A Horse Named Bill”
“Three Men Went A-Hunting”
“When First Unto This Country”
“Arkansas Traveller”
“Hopalong Peter”
“Teddy Bears’ Picnic”
“There Ain’t No Bugs On Me”
“The Miller’s Will”
“Hot Corn, Cold Corn”
“A Shenandoah Lullaby”

Jerry Garcia e David Grisman – Not For Kids Only

É necessário pensar no futuro. ”Save the children”, já diria Marvin Gaye. Só que trocadilhos à parte, falo sério, a nova geração é o futuro e se der para escolher entre tudo que rola no cenário mainstream nacional e esse disco, aumente o volume e deixe que seu pivete se encante com Jerry e Grisman.

Além de ser uma ótima opção para substituir a Galinha Pintadinha e todos seus pasteurizados derivados, ”Not For Kids Only” é um disco pensado e tocado para as crianças, mas no fim das contas o choro da guitarra de Jerry é universal, por isso, não se estranhe quando você começar a bater o pezinho. O público alvo acaba sendo maior do que o planejado inicialmente.

David Grisman foi um cara muito importante no fim da carreira do guitarrista do Grateful Dead. Depois de anos se perdendo na jam, Jerry foi atrás de novas possibilidades, montou uma banda acústica, começou a brincar com o Country, mexia no Folk… Tudo isso só aconteceu devido à influência do talentoso Grisman, que além de gravar 3 trabalhos de estúdio com o mestre, tocou e ainda toca com meio mundo.

Lançado no dia 20 de outubro de 1993, essa colaboração é um dos discos menos comentados da dupla e um dos mais profundos. Falar com o público infantil é difícil e a sensibilidade desse disco consegue captar a atenção das crianças com rara beleza e sensibilidade.

Temos aqui 12 temas e pouco mais de 50 minutos de algo sublime. Pegue a nata dos clássicos da música tradicional americana e sente com seu filho no sofá. Preste atenção no acabamento soberbo por trás das composições desde a abertura do play, com o test drive de ”Jenny Jenkins”.

Se você reparar bem, Jerry sempre foi a cara de ”Not For Kids Only”, a única diferença é que antes de gravar temas como ”A Horse Named Bill”, ”There Ain’t No Bugs On Me” e ”A Shenandoah Lullaby”, ele estava mandando ver com ”Dark Star”. Coisas da vida meu amigo, quando coloco esse disco no play minha irmã fica até mais calma.

A beleza dos arranjos e a movimento que o trabalho acústico ganha com eles é de grande importância para a dinâmica musical. O instrumental é repleto de timbres orgânicos, o som real dos instrumentos foi bastante respeitado. Essas características criaram a cama perfeita para um projeto que prima por conseguir dar vida ao lúdico com leveza e esmero, criando paisagens sonoras contemplativas.

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