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Jerry Cantrell – I Want Blood

Jerry Cantrell mergulha no sombrio com I Want Blood, quarto álbum do guitarrista fora do Alice In Chains, lançado no dia 18 de outubro.

Arte de capa de I Want Blood

I Want Blood: um álbum para tempos sombrios

Lançado em 18 de outubro, I Want Blood marca o retorno de Jerry Cantrell ao lado mais sombrio de sua criatividade. Após o otimismo melódico de Brighten (2021), este quarto álbum solo traz uma atmosfera introspectiva e densa, que ecoa o legado sonoro do Alice In Chains.

Aqui, Cantrell revisita suas raízes grunge, mas com uma abordagem renovada, carregada de peso emocional e intensidade artística.

Para este trabalho, Cantrell reuniu uma equipe de músicos de peso: Duff McKagan (Guns N’ Roses) e Robert Trujillo (Metallica) no baixo, Mike Bordin (Faith No More) e Gil Sharone (Team Sleep) na bateria, além dos vocais de apoio de Lola Colette e Greg Puciato (ex-Dillinger Escape Plan).

O resultado é uma experiência musical orgânica e coesa, onde cada colaborador desempenha um papel impecável. A base instrumental poderosa serve como pano de fundo perfeito para a assinatura única da guitarra de Cantrell.

Uma jornada pela densidade emocional

O álbum abre com Villified, uma explosão visceral de grunge que reflete sobre os perigos da ascensão da inteligência artificial. A faixa é claustrofóbica e densa, mas seus riffs implacáveis trazem uma luminosidade que contrasta com o tema sombrio. Cantrell, com mais de três décadas de carreira, mantém sua voz firme e autoritária, carregada de uma intensidade ameaçadora que conduz a música.

Na sequência, Let It Lie surge como um tributo ao Black Sabbath, com um riff poderoso que atinge como um soco direto. A faixa revitaliza o espírito do grunge e mostra Cantrell no auge de sua força criativa, entregando uma composição pesada e marcante.

A faixa-título, I Want Blood, brilha com uma energia malevolente, misturando elementos de rock clássico com uma atmosfera áspera e visceral. É um dos momentos mais envolventes do álbum, uma demonstração da habilidade de Cantrell em equilibrar o familiar com o inovador.

Explorando novas texturas

Cantrell também revisita o lado country-experimental de Brighten em Echoes of Laughter. A faixa é um faroeste musical, texturizado e sombrio, que abraça a melancolia de forma sofisticada. Já Hold Your Tongue cria uma atmosfera enevoada e onírica, evocando o espírito de (Don’t Fear) The Reaper, antes de retornar ao terreno seguro do rock alternativo, com uma execução confiante.

Conforme o álbum avança, as nuvens escuras se acumulam, preparando o terreno para o desfecho impactante. It Comes é uma canção de ninar para almas perdidas, com guitarras cintilantes que contrastam com a letra melancólica. “Deixe-me ir, tudo acabou”, canta Cantrell, enquanto uma nota de desespero ecoa no ar. A faixa fecha o álbum com uma sensação de finalidade sombria, evocando clássicos do Alice In Chains como Down In A Hole e Rooster.

I Want Blood é uma obra que combina introspecção e peso emocional com a habilidade inigualável de Jerry Cantrell em criar paisagens sonoras que ressoam profundamente. É um álbum que equilibra o sombrio e o dinâmico, oferecendo momentos de beleza melancólica e agressividade.

Beijo noceis e até o próximo texto!

 

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Arte Visual

Fonte: Winkpedia

 

 

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