A banda manauara Jambu lançou seu álbum de estreia no dia 17 de março, marcando seu nome na geografia musical brasileira.
A ideia ainda disseminada como verdadeira de que a internet democratizou a informação, na verdade é uma falácia. Assim como ainda é necessário aos artistas estarem no centro econômico do país, o eixo Rio-São Paulo, para terem visibilidade e tornarem suas carreiras comercialmente viáveis, o mesmo ocorre no âmbito virtual.
Se as bandas e artistas independentes não saírem nos grandes veículos de imprensa, nos grandes portais voltados à divulgação musical sediados em São Paulo e Rio de Janeiro, dificilmente lograrão sucesso comercial.
Quanto mais distante geograficamente estiverem esses artistas e bandas desse centro econômico, mais distantes estarão de alcançar a visibilidade necessária, não importa o quanto criativo, interessante e original seja o trabalho que estejam desenvolvendo.
Embora já tenha saído de rolê por São Paulo e Bahia, o quarteto que forma a banda Jambu, lida com as questões impostas pela grande distância desse centro econômico. A banda é de Manaus e já tem uma trajetória com uma produção interessante bem apresentada nos dois Eps lançados: Sem Tempo Definido (2021) e Nada a Temer (2021).
Os passos necessários para o lançamento do primeiro álbum foram dados. No dia 17 de março de 2023 ele veio à luz com sob o nome de tudo é mt distante (essa é a grafia do nome do álbum). O título remete ao isolamento geográfico da banda e à condição atual da banda de estar distante do objetivo que deseja alcançar em termos comerciais. Ao menos é a interpretação que faço.
tudo é mt distante se caracteriza por músicas com certo swing, que embora tenham uma atmosfera carregada e lúgubre, podem colocar os ouvintes pra balançar. Tem baladas com boas alternâncias de tensões e relaxamentos que nos levam a uma imersão sobre nós mesmos.
Sobre a sonoridade de seu álbum de estréia a Jambu diz o seguinte:
“Ao sentirmos a real sonoridade que estava presente na Jambu naquele momento, outras músicas foram surgindo com uma pegada ainda mais indie rock. Percebemos que tínhamos a necessidade de produzir nosso primeiro álbum para apresentar a verdadeira cara da Jambu de uma forma mais ampla e completa, com narrativas que mostrassem quais as principais temáticas que nos chamam atenção atualmente.”
Pelo depoimentos vemos que a banda está em constante movimento, sempre buscando novas maneiras de concretizar em som as suas ideias. E certamente podemos definir a sonoridade da banda como indie na medida em que se abre para incorporar influências oriundas dos mais diversos segmentos musicais.
Como na faixa sei lá, que traz um solo de guitarra bem ao gosto do metal clássico em uma música que vai se desenrolando num swing bem cadenciado, que em determinado ponto se transforma num reggae e finalizar com esse solo de guitarra.
Felizmente a impossibilidade de encurtar as distâncias geográficas não se estende às distâncias virtuais, que podem ainda ser grandes, mas gradualmente vão sendo vencidas e a banda vai chegando mesmos aos ouvidos menos atentos.
Esperamos em breve ter a Jambu listada nos line-ups dos principais festivais independentes do país.
FICHA TÉCNICA “tudo é mt distante” (audiovisual)
Jambu é:
Gabriel Mar – vocalista e guitarrista
Roberto Freire – guitarrista
Yasmin Costa – vocalista e baterista
Gustavo Pessoa – baixista)
Fotografia / Capa:
Direção – Dan Stump @odanstump
Fotografia – Demi Brasil @phdemi
Design / Lettering – Luiza Alencar @luizzalencar
Visualizers
FAIXAS 1/2/4/7/8/9/10/11/12
Direção / Edição / Design / Lettering / – Jan Pierre Cruz @pierrecruz / Carlos Henrique Rolim @carloshenrii
Filmagem – VNDL @rphxis
FAIXAS 3/5/6
Direção / Edição / Design / Filmagem – Rebeca Cancelli @recancelli
Lettering – Luiza Alencar @luizzalencar