Gilberto Gil & Jorge Ben: “Ogum, Xangô” – Oganpazan Drops, na chave do improviso e do swingue, mais um disco incontornável
Primeiro disco do Gilberto Gil que escutei na vida. Na época estava fissurado na fase esotérica do Jorge Ben, mas quando acabei fiquei meio sem norte. Esse trabalho foi o mais próximo que encontrei, pensando na onda do que vinha ouvindo na época.
Gil e Jorge na voz e cabalístico violão, Wagner Dias no groove e Djalma Corrêa na percussão. Ouvi esse disco por meses a fio, impressionado pela liberdade das linhas, pela interação e pelo improviso.
Track List:
“Meu Glorioso São Cristóvão”
“Nega”
“Jurubeba”
“Quem Mandou (Pé na Estrada)”
“Taj Mahal”
“Morre o Burro, Fica o Homem”
“Essa é Pra Tocar no Rádio”
“Filhos de Gandhi”
“Sarro”
Reza a lenda que o Clapton foi chamado pra tocar nessa sessão, mas arregou. A música é muito orgânica, extremamente espontânea e repleta de takes bem longos. “Jurubeba” e “Nega” são as minhas favoritas, mas o LP todo é fino demais.
Gravado na madruga, depois de alguns bauretes, “Ogum, Xangô” é indispensável e você vai ouvir até furar. É Brasil puro. Faz o cérebro borbulhar.
Gilberto Gil & Jorge Ben formam uma dupla fantástica nesse disco. e você não vai se arrepender.
Ah, o Spotify tirou o disco do acervo, mas você acha no YouTube. Vacilo demais, mas ainda dá pra ouvir essa pérola.