ExoEsqueleto lança um compacto digital trazendo novidades em nova formação e acrescentando uma outra direção rítmica que muito nos agrada!!!
A banda baiana ExoEsqueleto apresenta o seu “segundo debut”, sim, esse novo como fruto das reformulações pelas quais a banda passou, quatro anos após o seu primeiro trabalho autoral lançado, o disco: ExoSessions (2013). Passadas as reformulações na formação da banda e na estética musical proposta, nos chega agora o seu compacto digital (2018). Fruto de um processo dentro da Incubadora Sonora, capitaneada pelo multifacetado artista e produtor Irmão Carlos, as duas músicas gravadas em 2017 nos apresentam sabores e cores diversas do que já conhecíamos.
Em seu disco de estreia, o ExoSessions (2013) o que nos se apresentava eram sessões onde o punch do rock estava balizado por uma cadência digamos mais reta. As músicas do álbum em suas 8 faixas seguiam um formato ali, junto ao já conhecido em termos de andamentos. Como dissemos acima, a banda que passou por reformulações e hoje conta com: André Dias (guitarra e vocal), Cadinho Almeida (baixo e synth), Heverton Didoné (percussão e vocal) e Renato Almeida (Bateria e Percussão), trazendo um novo approach rítmico que abre diversas possibilidades para o seu som.
Contando com as luxuosas participações de Antenor Cardoso (Retrovisor e Laia Gaiatta) e Dutxai (Cascadura), além da produção cultural de Lorena Hertzriken, a capa trazendo uma forte e bonita máscara africana é de autoria do cartunista e desenhista Bruno Aziz. E foi com a ajuda dessa turma que o ExoEsqueleto preencheu sua couraça dura de inspiração rocker com o tempero proveniente da cultura afro baiana.
Em tempos de revisão critica sobre a apropriação cultural feita dentro do rock’n roll é uma lufada de ar puro ver um banda em terras baianas incrementar seu som com um proposta que une o melhor do Rock’roll às bases rítmicas e a força do simbolismo de matriz africana.
O que dizer, por exemplo, da citação a Hendrix no inicio de “Outros Copos, Vários Corpos”? Senão, que é um daqueles singles que ficam ecoando em loop em nossas cabeças após a primeira audição, especialmente pela inserção da percussão logo após o começo da canção. Inserção que brinca com a lembrança que possuímos para em seguida mostrar outra direção. Com o apoio de Antenor Cardoso na percussão, a canção tem um trabalho muito bacana de guitarra que segue em primeiro plano ao lado da força percussiva, com o vocal de André Dias seguindo um pouco atrás da parede, mas plenamente audível e bem postado.
Se apresentando como o lado doce desse “romeu e julieta” em formato musical, Ijexá é a canção romântica em ritmo de bolero pop percussivo, com o bandolim de Dutxai, trazendo bonitos contornos. E aqui se torna “claro” que não é apenas a inserção percussiva a grande novidade trazida na bolachinha digital. A letra da canção traz um porção de referências afor, desde a nação Ketu, passando pelo orixá Orunmila e o Orum (o plano dos orixás), entre outras. Numa construção poética que poderíamos dizer, propõem compor um amor afrocentrado. todo trabalhado no azeite de dendê e preenchido pela ancestralidade africana.
Então, amigos e amigas, curtam esse compacto digital, se inscrevam no canal da banda e acompanhem a ExoEsqueleto nas redes sociais para não perderem os próximos lançamentos.