Depois de chegar metendo o pé na porta e um soco na cara em 2014 (como diria o Matanza), os caras da Red Mess abriram os trabalhos em estúdio para este ano. É de domínio público que a banda está fazendo giros para promever os sons que consagraram o ”Crimson EP”, mas também é válido acompanhar os caras de perto pois o trio está turbinando a cozinha para um full lengh, bolacha que dia após dia fica mais madura, pesada e se torna um um belo sinônimo de urgência musical.
Line Up:
Track List:
E o próximo passo foi dado hoje, dia 24 de março de 2015, data estelar do lançamento de ”Drowning In Red”, o novo trabalho dos caras, que seguindo a linha de criação do EP anterior, segue elevando o padrão e chega só com a nata do som caótico.
Line Up:
Douglas Labigalini (bateria)
Lucas Klepa (baixo)
Thiago Franzim (guitarra/vocal)
Track List:
”Daybreak’s Dope”
”Ready To Go”
Aqui temos cerca de 12 minutos de som, minutos plenamente distribuídos em duas balanças: ”Daybreak’s Dope” e ”Ready To Go”. Mas antes de ver pra que lado a brisa ia cair, confesso que fiquei olhando para a chapadíssima arte deste registro (feita por Gabriel Araújo e Vitória Plácido), e imaginei que o conteúdo poderia soar mais trabalhado na viagem, coisa que por sorte se confirmou.
Aposto que esse desenho não ficou derretido antes do play. Creio que os responsáveis pela arte tiveram o insight para o que se tornaria o produto final, mas inicialmente investiram em traços mais polidos… Depois do play que eles notaram a necessidade de derretar a lua de Marte, o conteúdo berra por camadas em decomposição e a dupla responsável arrepiou nessa conexão de imagem e som.
Aposto que esse desenho não ficou derretido antes do play. Creio que os responsáveis pela arte tiveram o insight para o que se tornaria o produto final, mas inicialmente investiram em traços mais polidos… Depois do play que eles notaram a necessidade de derretar a lua de Marte, o conteúdo berra por camadas em decomposição e a dupla responsável arrepiou nessa conexão de imagem e som.
Gravado nos estúdios High Voltage e chefiados pela produção do Gustavo Di Lorio, Drowning In Red” surge com os mesmos traços que deram a cara analógica ao som anterior, mas que em virtude da faceta mais letárgica apresenta uma finalização mais profunda e encorpada.
Me lembrou do trabalho mais recente do Brant Bjork, o chapadíssimo ”Black Power Flower”, mas aqui o insight é mais introspectivo e o som ficou ainda melhor do que no outro apanhado de grooves. A bateria bate seca igual tapa na orelha, o baixo caminha na crocodilagem e a guitarra surge eletrocutando todo o caminho.
Em ”Daybreak’s Dope” é ridículo chegar na marca dos quatro minutos e ver os instrumentos respirando por aparelhos… Mal sabe você que depois a nave decola e quando bate o Douglas já está abafando o som da cozinha e o quebra-quebra entra com Lucas Klepa e Thiago despedaçando o tempo no coliseu do Stoner.
Só que aí depois que o clima de sequela se estabelece, surge ”Ready To Go”, e aí a glicose escorre pelos riffs. Esbanjando vitalidade e arrematando a apreciação com uma session mais Rock ‘N’ Roll. algo que lembra a liberdade Southern por cima de uma Harley.
Trabalho de fácil audição, rápida imersão e de rara intensidade, esse novo EP do Red Mess surge para confirmar um grande momento para a banda e chega fazendo ainda mais barulho do que o ”Crimson EP”, talvez assim você, gafanhoto que ainda não teve a decência de sacar esse peso, escute tanto o que foi improvisado no trabalho anterior, como o que foi criado para anestesiar mentes com ”Drowning In Red” e o afogamento marciano. Saquem o play abaixo e reparem na arte e no trabalho fotográfico do Renan Casarin… Coisa fina!