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Escama, novo álbum de Resp, já está em todas as plataformas digitais

Resp está imerso em um mundo de ficção científica no álbum ESCAMA Novo trabalho do artista questiona o futuro, as inteligências artificiais e seus perigos.

Tudo sobre Escama do Rest. 

ESCAMA é quase um roteiro de ficção científica musicado por Resp, projeto de Lorenzo Molossi. O álbum-filme chega mais pesado, frio e barulhento do que seu último disco, 2x (2020), que ganhou destaque na imprensa especializada em seu ano de lançamento.

Capa do álbum Escama de Rest.

Com nove faixas, ESCAMA traz colagens, experimentações e a bagagem sonora de quem integrou as bandas Cora, Dunas, Veenstra e Imã. O novo álbum de Resp estreia dia 15/09 e ganhará turnê com shows marcados em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Joinville. Ouça nas principais plataformas digitais.

Num mundo onde as inteligências artificiais aderiram às funções de governo, encontramos PS33K, um jovem com corpo de máquina mas coração humano, que se une a um grupo de rebeldes, codinome ESCAMA, para enfrentar o poder opressor. A imagem da cobra faz parte da cosmovisão do grupo, e é de especial interesse a sua pele, pelos desenhos e escamas, explorados como formas de expressão e mudança. 

A música que embala essa história é muito mais agressiva e barulhenta do que trabalhos anteriores de Resp, refletindo os efeitos e desafios desta jornada de autoconhecimento e luta por justiça e paz. Nas entranhas do álbum estão influências enteógenas e questionamentos sobre o futuro, principalmente as inteligências artificiais e seus perigos. O cerne de ESCAMA é, em suma, o conflito da cidade contra a natureza, do dinheiro contra o indivíduo, e, porque não, do “Mundo Branco” contra a existência.

O que me influenciou a produzir ESCAMA foi uma overdose de ficção distópica e horror psicológico que consumi em livros e filmes, tanto na minha adolescência quanto recentemente. Esses mundos terríveis, onde os pequenos momentos de paz são tão valiosos, me soam muito próximos ao presente e ao que podemos esperar do nosso futuro, dado o caminho em que estamos. Aos poucos, essas influências foram gerando uma narrativa nas faixas, que começaram a ser povoadas por personagens e histórias“, explica Molossi. 

Essa narrativa, traduzida no som através dos contrastes dinâmicos e do caos constante nas faixas, junto à imagem da cobra, vem da influência que o chá de ayahuasca teve na vida do artista – assunto este já superficialmente abordado em 2x, mas que aqui se torna o significador maior das escolhas estéticas, técnicas e artísticas do trabalho. A verdade é que se a narrativa cinematográfica pouco fizer sentido ou tornar-se muito autoindulgente, o coração de ESCAMA está exposto e é perceptível através de suas vibes, além da lógica.

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