Nesta minha estreia no site, preparei um top 5 com discos que considero indispensáveis para quem curte ou quer conhecer o heavy metal.
Meu critério de seleção é o de escolher bandas que têm seus fãs, mas não são tão lembradas e/ou aclamadas pelo público headbanger como as clássicas Iron Maiden, Judas Priest, Manowar, entre outras.
Enjoy!
1 – Attacker – The Second Coming (1988)
Power metal é uma definição justa para a norte-americana Attacker, porque faz um som poderosíssimo. Já de cara, chama atenção a potência vocal do então frontman John Leone (R.I.P. 1994). Sua voz aguda e agressiva é mesmo impressionante.
Já o som é desenvolvido de forma bem trabalhada, com bastante peso e velocidade. É um pouco mais extremo em relação ao que conhecemos como heavy metal tradicional, levando alguns a classificá-lo como thrash. Acredito que o som do Attacker fica no meio termo entre os dois estilos.
The Second Coming é um disco muito coeso, sendo impossível destacar apenas algumas faixas, porque todas elas são igualmente arrebatadoras. Recomendo cautela na audição deste álbum, porque é uma experiência tão empolgante que poderá fazer o/a ouvinte bater a cabeça até deslocar do pescoço!
https://www.youtube.com/watch?v=8BakyWqXUxM
2 – Helstar – Nosferatu (1989)
Outro disco que ameaça o pescoço dos ouvintes… Quem escuta este registro tem o privilégio de conferir um speed metal extremamente possante, com um vocal melódico e cheio de punch.
Nosferatu começa com a inspirada música instrumental Rhapsody in Black, que seria uma espécie de introdução, depois da qual somos surpreendidos pela espetacular Baptized in Blood.
Depois, quando você pensa que os norte-americanos já deram tudo de si, eles oferecem mais meia hora de um som encorpado, veloz e bastante pesado, beirando o thrash metal. Além das já citadas, destacam-se as faixas Benediction e Swirling Madness. O álbum Nosferatu é uma coleção de riffs delirantes, ideal para escutar no talo, com todo o seu vigor ribombando nas caixas de som.
É impressionante constatar que este é o primeiro álbum da banda norte-americana, tamanha é a qualidade deste registro. Battle Cry traz um power metal bastante vigoroso, conciliando velocidade e cadência. A primeira faixa, Death Rider, já diz a que veio, abrindo uma sucessão de canções pesadas, melódicas e com belos refrões.
Todas as músicas desse disco têm riffs matadores e melodias cativantes, dando vontade de berrar as letras a plenos pulmões. Este é um daqueles discos que parecem coletânea, porque todas as faixas são primorosas, mas devo destacar a faixa-título, que tem os elementos necessários para ser um verdadeiro hino do metal. O som do Omen tem a cara do heavy metal oitentista, o que emociona muito uma headbanger saudosista como eu.
Tenho um carinho especial por essa banda, potencializado por um evento aparentemente improvável: o Omen fez uma turnê pelo continente americano e eu o vi tocar em Salvador, no ano de 2009, justamente quando eu tinha acabado de conhecer a banda e estava no auge do meu encantamento por ela, escutando seus discos diariamente. Imagina a minha felicidade em vê-los tocando todas as canções maravilhosas que eu queria ouvir!
Infelizmente, a banda já não contava mais com seu vocalista original, J.D. Kimball, falecido em 2003, mas o vocalista que o estava substituindo deu plenamente conta do recado. Me lembro que, no dia do show, ele estava usando um colete com um belo patch com o logo do Helstar nas costas. Legal ver bandas fantásticas e amigas…
Eu poderia recomendar todos os álbuns do Omen, mas como a minha proposta é sugerir apenas um de cada banda, optei por incluir nesta lista Battle Cry, que é um disco bem representativo do trabalho dos norte-americanos.
4 – Crimson Glory – Crimson Glory (1986)
Muitos classificam o Crimson Glory como uma banda de heavy metal progressivo. De fato, esses norte-americanos que se apresentavam mascarados, fazem um heavy metal extremamente trabalhado e melódico, certas vezes flertando com o hard rock.
O som dá uma grande ênfase à dramaticidade do frontman Midnight (R.I.P. 2009). O refrão da pesada e acelerada faixa Mayday nunca deixam de me impactar, quando o timbre do vocalista alcança altura e potência inimagináveis. Midnight tinha uma voz magnífica e lamento muito que seu talento não tenha sido devidamente reconhecido em vida.
Destaque para a empolgante faixa Dragon Lady e a cadenciada Queen of the Masquerade, com riffs deliciosos e um timbre interessante de guitarra. Também tenho muito carinho pelo Crimson Glory e indicaria todos os discos da banda, mas escolhi apontar o primeiro registro deles, que traz uma sucessão de canções com peso, beleza e melodia nas doses certas.
5 – Angus – Track of Doom (1986)
Pra não dizer que só falei de bandas norte-americanas, incluo neste top 5 o primeiro disco da holandesa Angus. Mais um power metal com muito fôlego e consistência. A primeira faixa, a instrumental The Centaur, já é extasiante. Porém, a segunda, When Giants Collide, é simplesmente extraordinária, bem como o restante do disco, bem pesado, trabalhado e cheio de energia.
O competente vocal de Edgar Lois, dramático e um tanto grave, lembra Rob Halford em alguns momentos. Os riffs são arrebatadores, mas o que mais me impressiona neste álbum é a bateria de William Lawson, que segura o andamento eletrizante da maioria das músicas. Sinto vontade de ficar batendo palmas como Ozzy, escutando a sua marcação firme.
O outro disco da banda, Warriors of the World, mantém o espírito do álbum de estreia. Bom mesmo seria escutar os dois registros, um após o outro, pois são trabalhos muito próximos em termos de sonoridade, com a mesma qualidade e potência que caracteriza o Angus.
Todos esses discos para mim são clássicos, que felizmente não ficaram perdidos no tempo e têm sido resgatados, angariando cada vez mais fãs, até porque as bandas citadas ainda existem e fazem shows. Preservem seus pescoços, headbangers, o que lhes custará muito durante a audição dessas jóias!
5 Discos Indispensáveis de Heavy Metal:
Por Raquel Oliveira Silva