Pra quem acredita que o LP é coisa do passado saiba que a produção de vinil no Brasil cresceu consideravelmente. Não é de hoje que o vinil retornou ao mercado fonográfico.
Faz alguns anos que os artistas independentes dão aos seus fãs a opção de adquirir o álbum no formato de vinil. Assim o sujeito que não abre mão de ouvir seus músicos preferidos no vinil tem a possibilidade de fazê-lo.
Essa informação acerca do aumento na produção mostra que o crescimento só foi possível por haver na mesma medida o crescimento na compra dessa mídia. Além disso esse dado presta outro serviço, joga por terra a tese segundo a qual a disponibilidade dos álbum via streaming e mp3 para download via internet torna inviável o investimento na produção do vinil.
Segundo a reportagem de Júlio Maria para o Estadão, o crescimento da produção de vinil foi de 60%. Na reportagem, João Augusto (consultor da única fábrica do país) informa que no momento a demanda pelo vinil ainda é maior do que a capacidade de produção. Ou seja, os caras não estão dando conta de atender os pedidos. É animador saber que o interesse crescente pelo vinil no Brasil acompanha na mesma proporção o crescimento da produção no restante do mundo.
Os números apresentados por João Augusto são os mesmos aqui em nosso país e nos países mundo afora, que diga-se de passagem, jamais abandonaram a fabricação e comercialização do vinil. Outra informação animadora é que não apenas as novas gerações de artistas estão lançando seus álbuns em vinil, mas os grandes álbuns clássicos da música brasileira também estão sendo relançados.
Entre os relançamentos está a pérola Revolver do Walter Franco lançado originalmente em 1975. Aposto que a velha guarda aficionada por música há décadas está experimentando uma sensação de frisson lendo essa notícia. Para as gerações mais jovens esperamos ter aqui um incentivo para vivenciar a experiência de ouvir um vinil.