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Carlos Malta e Pife Muderno em Gil

Na sexta feira passada, 06/05, Carlos Malta e Pife Muderno lançaram uma nova versão para Expresso 222, marca registrada da obra de Gilberto Gil. 

Carlos Malta e Pife Muderno se une a Gilberto Gil

Gil e Malta.

Este ano Expresso 222 (1972), um dos álbuns mais importantes da música brasileira, marco de uma período da nossa música e da nossa história completa 50 anos. Seu autor, o grandioso Gilberto Gil, completa 80, na mais justo que celebrar as datas.

Pegando esse gancho Carlos Malta e Pife Muderno prepara uma obra inédita que rende homenagem ao grande compositor e sua obra. Está previsto para ser lançado no dia 05 e agosto deste ano o álbum Carlos Malta e Pife Muderno em Gil, que sai pela Deck. Serão mais de 25 músicas, entres as quais, versões completas e suítes, além de uma dezena de pequenos solos e interlúdios, resultando num cast de 40 faixas. 

O single, vamos abrir o apetite

Arte para o single Expresso 2222 de Carlos Malta e Pife Muderno

Na sexta feira passada, dia 06 de maio, um aperitivo foi disponibilizado para degustação do público. Saiu no formato single a música Expresso 222. O arranjo segue a proposta do grupo de fundir a tradição das bandas de pífanos e elementos musicais de gêneros urbanos e contemporâneos.

A música em seu novo arranjo começa com Gil contando uma anedota acerca do inspiração para composição da música. Ao fim, Gil chama o grupo para começar a tocar. A melodia rapidamente ativa nossos ouvidos resgatando memórias afetivas e outras há muito escondidas, ligadas a diferentes momentos em que a ouvimos ao longo desses 50 anos. 

 

A música em seu novo arranjo começa com Gil contando uma anedota acerca do inspiração para composição da música. Ao fim, Gil chama o grupo para começar a tocar. A melodia rapidamente ativa nossos ouvidos resgatando memórias afetivas e outras há muito escondidas, ligadas a diferentes momentos em que a ouvimos ao longo desses 50 anos. 

Um trabalho arqueológico

Gil e Malta

Carlos Malta foi diretamente influenciado pela música de Gilberto Gil, com quem tocou entre 2000 e 2004. Por isso mesmo, Malta não teve dificuldades em mergulhar na obra de Gil e fazer o trabalho de curadoria para selecionar as músicas que entrariam no cast do álbum. 

Caso tenha havido dificuldade, esta deve ter sido por conta de escolher as músicas, uma vez que a obra de Gil é riquíssima. Não à toa o álbum será duplo e terá 40 faixas, para cobrir de forma fiel a abrangente obra do compositor baiano. 

Sonoridade, arranjos e produção

Os arranjos e a concepção artística do álbum passam pela mão do grande Marcos Suzano, que inclui camadas percussivas temperadas da eletrônica contemporânea. Pensada a partir das flautas e pífanos, gerando uma organicidade entre estes elementos. Essa combinação levou a criação de um frescor sonoro, dando a sonoridade do grupo uma identidade nova.

O projeto é uma co-produção Carlos Malta Produções Artísticas e Gege Produções Artísticas. O álbum foi gravado no Estúdio Palco, de Gil, em outubro de 2021 e janeiro de 2022 e tem o apoio e a participação especialíssima do próprio Gil, que eternizou sua presença em 08 faixas do disco e também em um material audiovisual exclusivo a ser transmitido ao longo do show e na divulgação do projeto.  

O Pife Muderno 

Pife Muderno

   O grupo carioca fundado em 1994 pelo músico dos sopros Carlos Malta se mantém ativo há quase três décadas e é um dos mais importantes e longevos projetos da música brasileira instrumental. Formado pelos músicos Carlos Malta, Andrea Ernest Dias, Marcos Suzano, Durval Pereira e Bernardo Aguiar, o Pife Muderno une elementos da tradição a linguagens contemporâneas, com referências históricas que são o elo entre a música de câmara e indígena, o jazz e a MPB. Com raízes na cultura do pífano nordestino, tem uma formação minimalista e ritmicamente genial, com dois flautistas e agora três percussionistas.

Carlos Malta, logo após sua saída do grupo de Hermeto Pascoal, onde tocou e permaneceu por 12 anos, quis fundar uma banda de pífanos, com uma formação minimalista e ousada. Se uniu a músicos excepcionais, trouxe os elementos da tradição para conviverem com linguagens contemporâneas, as sonoridades dos povos originários com a urbana, e criou este grupo de uma imensa potência e qualidade sonora. Com 3 álbuns lançados, o Pife Muderno se apresentou nos mais importantes palcos e Festivais do Brasil e do mundo, como o Forbidden City Concert Hall, em Pequim, e o lendário palco do Carnegie Hall em Nova Iorque, à convite do próprio Gil, que assinava a curadoria do Festival Voices of America, em 2012. 

Gilberto Gil, já no início dos anos 70, chamou a atenção do Brasil para a importância cultural e histórica da Banda de Pífanos do nordeste, que ele reconheceu como uma das principais influências da Tropicália. Essas tradicionais bandas, apresentadas ao mundo na abertura do Expresso 2222, com Pipoca Moderna de Sebastião Biano, são a origem do Pife Muderno. Malta trouxe os elementos da tradição para conviverem com linguagens contemporâneas e criou este grupo genial de uma imensa potência e brasilidade sonora.

Minibio dos músicos 

Carlos Malta, multi-instrumentista, compositor e educador, com mais de 40 anos de carreira, possui um estilo totalmente original e marcante. É referência absoluta no universo dos sopros por sua história, performance inconfundível e a multiplicidade do seu som. 

Andrea Ernest Dias, flautista atuante em diversas vertentes da música instrumental brasileira desde a década de 1980. Foi flautista da Orquestra Sinfônica Nacional–UFF de 1991 a 2019. Doutora em música brasileira, traz o som feminino do grupo, com erudição e refinamento.

Marcos Suzano, percussionista de referência mundial que reinventou o som do pandeiro, e vem atuando em gravações, shows e aulas há 30 anos. Ao lado de grandes nomes como Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Djavan, Paulo Moura, Naná Vasconcelos, Miyazawa Kazufumi e Zizi Possi.

Durval Pereira, nascido na Paraíba, é o único nordestino do grupo (que é todo carioca). Com sua precisão e suingue inigualável, é um dos grandes destaques do zabumba no mundo, tambor considerado o coração da banda de pífanos. Acompanhou inúmeros artistas em sua longa carreira e toca hoje com Elba Ramalho, entre outros.

Bernardo Aguiar, músico, produtor musical, professor e pesquisador, desde criança  se interessou pelo universo da percussão. Aos 13 anos era solista da orquestra de pandeiros Pandemonium e aos 17 passou a  integrar o grupo Pife Muderno, desenvolvendo seu som potente com personalidade própria.

FICHA TÉCNICA

CARLOS MALTA E PIFE MUDERNO EM GIL

Realização: Carlos Malta Produções Artísticas

Curadoria, direção musical e arranjos: Carlos Malta

Coprodução – Carlos Malta Produções Artísticas e GeGe Produções Artísticas

Músicos: Carlos Malta, Andrea Ernest Dias, Marcos Suzano; Oscar Bolão; Durval Pereira; Bernardo Aguiar.

Lançamento e Distribuição Digital – Deck

Produção executiva: Daniele Yanes

Gravação: Estúdio Palco e Estúdio Sambatown

Mixagem: Marcos Suzano

Masterização – Deck

Técnico de Som: João Damaceno e Léo Xogum

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