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Camila Rocha e Zaca De Chagas: O Amor É Sexualmente Transmissivel

Camila Rocha e Zaca de Chagas uniram seus espíritos e lançaram ontem a noite um single insinuante, provocante e sensual: Crônica De Uma Tara

 

A rapper Camila Rocha, atuante desde de 2010 no rap paraibano e nacional, seja solo ou com o projeto Sinta Liga Crew, soltou uma deliciosa pedrada ontem a noite. Crônica De Uma Tara música que conta com a participação de Zaca Chagas (Chave Mestra) é um trap sensual, forte e marcante como uma deliciosa transa. A erotic song produzida pela dupla representa uma daquelas noites que podem – mas não necessariamente – nos contagiar com outro sentimento digamos, mais duradouro.

A track foi gravada nos estúdios Dumatu RECords e Insônia Records, a mix e a master ficaram por conta de Carl de Morais. Alienz Alianz é a produtora responsável pelo beat na chave do Trap, criando o clima, o espaço sonoro por onde o casal rima o seu tesão mutuo. É quase possível visualizar as velas aromáticas, o sorriso maldoso e ou sentir o gosto do vinho dada a forte carga erótica presente na faixa.   

Como uma especie de Anais Nin, Camila Rocha produziu um letra onde o que é colocado em evidência é o desejo, a reciprocidade de intenções, e os preparativos reais ou imaginados para o enlace. Cantando a liberdade buscada por muitas mulheres de encontrar os seus parceiros sem culpas, casuais ou não, a música é uma ode a independência. Trilhando um caminho pouco explorado na lírica rap nacional por parte das mulheres, Camila utiliza um expediente já historicamente alicerçado no rap internacional.

Enquanto nomes como Foxy Brown já cantavam abertamente sobre sexo – explicitamente até – lá pelos idos dos anos noventa nos E.U.A. Em terras brasileiras as mulheres hoje, dentro do rap nacional, ainda lutam pelo simples direito de participar da cena. Crônica De Uma Tara é talvez o primeiro grande passo por essa linha que até aqui se encontra pouco explorada e reflete o grande crescimento e reconhecimento das mulheres no rap nacional. 

Inova também na posição de protagonismo e igualdade da mulher na conquista, aquela que identifica a malicia e o desejo do outro e convida. Ou que seduz, e tendo enlaçado a presa em sua teia, convida: Vem me visitar, eu deixo. E que ao se colocar o faz por ser livre e independente para tanto. Como Zaca de Chagas canta, ela sabe que não é “nada a sério”, mas ela não está nem aí, pois o que ela quer não é uma palestra sobre física quântica ou decisões sobre a politica mundial.

O interesse principal é sexo, e a rapper paraibana consegue junto ao mano de pernambuco, cantar a união temporária, sem neuroses. Esperamos que esses dois excelentes artistas continuem mais um pouco esse “affair” e produzam mais alguns singles talvez com o desenlace dessa tara.

Um brinde a liberdade a dois!

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