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Ashira lança novo clipe, Auto Filter

Ashira lança o clipe do single Auto Filter que explora a sonoridade da house music, nos deixando curiosos sobre o lançamento do seu primeiro álbum. 

Em 2022 Ashira lançou uma séria de singles (Pouco em Pouco, Cartas Para o Passado, A Cuca e Auto Filter) que deram a indicação de que talvez um álbum cheio estivesse no horizonte para 2023. Agora é certeza! No segundo semestre de 2023 vem aí o álbum de estreia de Ashira, a que tudo indica, um álbum dançante e que traz parcerias com diferentes produtores da cena musical brasileira.

Sobre o seu álbum Ashira diz o seguinte:

“Estou trabalhando para que este álbum introduza para o meu público essa nova fase na minha carreira, além de parcerias incríveis e, claro, um presente para aqueles que me acompanham até aqui.”

Até lá há trabalho a ser feito, por isso mesmo divulgar os singles e lançá-los em novos formatos é fundamental para chamar atenção do público. Por isso mesmo, a decisão de fazer um clipe para Auto Filter foi mais que acertada.

Em mais uma parceria com a diretora Beatriz Shibuya, que também assina a direção dos clipes de Te Dar, A Cuca, Eu Gosto e outros, Ashira nos remonta aos anos 90 através da composição fotográfica do vídeo, que prioriza tons acinzentados, acentua contrastes através de um jogo interessante de luz e sombra, closes no roso da cantora e uma coreografia pautada por uma economia de movimentos que produz um equilíbrio interessante entre som e imagem.

Ashira, Auto Filter.

Se nos dermos a chance de perfazer a carreira da cantora, compositora e produtora, desde o lançamento do projeto “Ashira, a única” em 2020, veremos que se trata de uma trajetória que preza pela criação através da busca por diferentes referências.

Isso se reflete na sonoridade da artista que mantém forte diálogo com o universo do hip hop, mas também do pop, do r&b, da soul music, do funk, e em Auto Filter, ao compor uma música ao som da house music, mostra que a música eletrônica se apresenta como mais um elemento para aumentar as possibilidades de experimentação ao compor. 

“Desde a pandemia eu passei a experimentar novas sonoridades e, a música eletrônica sempre foi algo presente no meu dia a dia, apesar de ter muita influência de outros gêneros. De certa forma, a house music e o R&B se juntam em um casamento perfeito e são dois gêneros muito presentes no meu trabalho e de gosto pessoal”, comenta Ashira.

Tratando-se de Ashira não podemos deixar de analisar a experiência compartilhada pela letra, uma vez que a cantora se mostra interessada em elaborar versos que sejam mais que simples elementos ornamentais de sua música.

Este é um ponto que coloca Ashira numa posição interessante dentro da música pop, no caso da pautada pelo eletrônico, mais preocupada em ser uma música pra animar baladas e que não prioriza as letras.

Os versos compostos por Ashira trazem consigo o compartilhamento de um olhar sobre o mundo a partir das experiências pessoais da artistas, mas que são experiências de pessoas que são mulheres, que são negras, periféricas, portanto, experiências de vida que também possuem seu caráter coletivo. 

Ashira, Auto Filter.

Ao falar sobrer ter que se afastar de onde ela está para conseguir se aceitar despida de toda roupagem social que as diferentes instâncias sociais, a família, a comunidade, o trabalho, o show bizz, obrigaram ela a vestir ao longo da vida, coloca-nos diante da angustia de quem chegou no limite e precisa exteriorizar aquela miríade de sentimentos para não adoecer.

Quando ela canta que vai sair de mini saia, que vai beijar outra mina, que vai dançar o funk na pista sem nenhum pudor e ninguém vai dizer nada, mostra ter atingido um outro estágio acerca do auto conhecimento, que lhe permite ter a segurança para afirmar nas suas atitudes quem ela realmente é.

Porém, devemos estar atentos para não deixar de entender que alcançar este estágio não significa ter chegado ao fim do processo, que é a própria vida. Isso porque o ato de nos encontrarmos é o fim de uma etapa da caminhada e não o fim da estrada. Porque a cada vez que nos encontramos começa um processo de nos perdermos novamente e perceber que precisamos nos reencontrar mais uma vez.

Sair de mini saia, beijar outra mina, dançar funk sem se preocupar com a opinião dos outros representa o fim de um processo e o início de outro, que também pode encontrar seu fim, porque a vida de quem se mantém na busca de si, é uma vida sempre aberta às possibilidades. E de certa forma, podemos considerar ser uma forma de ser livre. 

Mais de Ashira no Oganpazan:

Ashira mostra os efeitos do empoderamento em “Eu Gosto”

FICHA TÉCNICA 

Videoclipe: “Auto Filter”

Produção Musical: Ashira

Co-produção: Xuvisco na Batida

Mixagem e masterização: Vinícius Rabello

Direção de vídeo, edição e finalização: Beatriz Shibuya @beatrizshibuya

Captação: Beatriz Shibuya @beatrizshibuya e Jacqueline Jordão @jacque.jordao

Imagens drone @dronebirdun

Direção artística: Ashira @____ashira_____

Fotografias analógicas: Isadora Nunes @mnisadora

Fotografias digitais: Jacqueline Jordão  @jacque.jordao

Assistente de produção: Jeison Meirelles, Vinícius Rabello, Miriã Erberelli @jeison_x @swish_by_vini @miria_com_til

Direção de movimento, coreografia e atuação: Ana Vitória Borges @anavitoriambengue

Maquiagem: Camila Fernandes @cafeartistc

Assistente de locação: Mendes @mendesculpa

Styling: Ashira @____ashira_____

Veste @deumrolebrecho e @vanessasilvaatelie

Produção executiva: @____ashira_____

Distribuição: UnitedMasters @unitedmasters

Sobre Ashira

De Diadema/SP, residindo em Santo André, Ashira começou a cantar na igreja aos 2 anos de idade por incentivo de sua mãe. Influenciada por Erykah Badu, começou a fazer covers da cantora e postar na internet, o que fez surgir nela a vontade de criar. Observando o meio em que estava inserida,  passou a frequentar os rolês locais de RAP do ABC Paulista e estreitar laços com pessoas da cena, que passaram a convidá-la para cantar em eventos. Em sua trajetória, Ashira já dividiu palcos com diversas referências do RAP Nacional como: Bivolt, Drik Barbosa, Febem, Karol de Souza, Stefanie, Fleezus e fez o show de abertura para Froid e Racionais MC’s, na companhia de BK. 

Em 2016, Ashira escreveu e cantou o refrão de “Quadros” do álbum “Castelos & Ruínas” do rapper BK, em parceria com Luccas Carlos. Em Outubro de 2019, produziu de maneira totalmente independente o EP ROUFF, juntamente com as gêmeas Tasha e Tracie Okereke, que foram as vozes principais do trabalho. 

 

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