Agbeokuta AfroJazz, grupo surgido no final dos anos 80 na Roma Negra Salvador, foi um dos grandes exemplares da grandeza da música preta baiana!
O processo de Reafricanização ocorrido na cidade de Salvador, despertado com a fundação do Bloco Afro Ilê Ayê em 1974, foi um dos eventos mais significativos para a história da nossa Roma Negra. Reestruturando inventivamente elementos e práticas culturais e políticas como novos horizontes de construção de espaços existenciais de sensíveis comuns. Proliferando por toda a cidade uma reapropriação de raízes e possibilitando atualizações de tantos outros eventos culturais e musicais da diáspora e do continente em nosso território.
A música, a dança, as iconografias que se expandiram através dos blocos afro, são responsáveis diretos por tudo que de maior beleza surgiu no final dos anos 70 e na rica e esquecida cena musical e cultural soteropolitana durante toda a década de 80. Sendo progressivamente relegada às margens através do processo de extrativismo musical e diluição cultural praticado pela política dos supremacistas brancos baianos, através do seu braço de Indústria Cultural que ficou conhecido como Axé Music.
O Agbeokuta AfroJazz Baiano, emergiu em Salvador no final dos anos 80 e teve durante os anos 90 uma produção das mais sublimes quando se pensa no desenvolvimento de uma linguagem musical própria e apropriada a este movimento histórico ilustrado culturalmente como Reafricanização. Tendo plasmado tal originalidade de modo inequívoco no seu disco lançado em 1995, “Agbê”, onde apresentava ao longo de 10 músicas uma mistura única de pontos de Candomblé, Fusion, Ijexá, Lambada, acentos rock e reggae.
-Um retrato da amplitude da Música Preta Baiana nos anos 80, antes da Axé Music – Artigo
-Um retrato da amplitude da Música Preta Baiana nos anos 80 (Segunda Parte)
Como muito bem sintetizou o jornalista Luís Cláudio Garrido no seu texto presente no encarte do disco Agbê:
“É como se toda a música negra produzida no planeta, fosse ela sacra ou profana, sentida ou consentida, originária das ruas ou acadêmica, pudesse ser sintetizada numa só. Naquela que evoca o pan-africanismo, que não se esgota em si mesma, mas utiliza diversas características para se expressar clara e universalmente.”
Fruto da inquietação artística e cultural do trompetista Cícero Antônio, o Oganpazan teve a honra de entrevistá-lo para saber mais sobre esse marco da música baiana e brasileira, infelizmente pouco conhecida do grande público hoje. Confira a entrevista abaixo:
Oganpazan – Cícero, você é de qual região/bairro da cidade de São Paulo e com quantos anos você ingressou nas fanfarras, nesse processo o trompete foi o seu primeiro instrumento?
Cícero Antônio – Nasci e me criei na Zona Norte de São Paulo-SP, Vila Espanhola, uma pequena localidade que pertence ao Bairro Casa Verde. Com dois anos de idade, o meu pai Miguel Araújo da Silva, iniciou a construção da nossa residência, no Imirim, bairro vizinho da Casa Verde Alta.
Iniciei os meus estudos na música com 12 anos, tocando corneta na Fanfarra da instituição de ensino que eu cursava o primário, hoje, estudo fundamental, Escola Municipal Comandante Garcia D’Avila, no Imirim.
Acredito que ter nascido na maior metrópole deste país, implicou na trajetória de trânsito aos mais diferentes aspectos da disciplina. Quando imaginamos grupos musicais como a Fanfarra, pode-se ter a impressão de fragilidade no universo informativo, quanto ao acessos de conteúdos. Mas, justamente foi neste universo onde tudo fundamentou propósitos na seriedade. Os meus Mestres; Milton Pereira Lelis(Chocô), considerado um grande destaque, não apenas na região norte, mas na cidade de São Paulo. Na realidade, mesmo sendo pertencente a um bairro popular, filho de comunidade negra periférica – éramos adolescentes participantes da agenda disciplinar, tanto das Fanfarras e Bandas, quanto das instituições públicas de ensino: Garcia D’Avila, Augusto Meirelles Reis Filho, que eram tradicionais na região.
Portanto, o que friso é o transparente território da disciplina. Neste campo formativo foram 21 anos. Após o ingresso na coluna militar (PE) Polícia do Exército, conhecendo o cantor baiano Lazzo Matumbi, em SAMPA… Em 1985, ele com o agendado retorno à Velha Cidade da Bahia, me fez o convite a fortalecimento da minha negritude… Me convidou para conhecer a cultura baiana.
No ano seguinte, 1986, ingressei na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia. Na época, dirigida pelo Professor Paulo Costa Lima. No mesmo ano, iniciei as pesquisas ao universo dos ritmos afro-baianos, caribenhos e africanos, período em que iniciei os estudos, também cuidados artesanais, com o Xequeré. Não completei os estudos na UFBA, mas acabei realizando diversos cursos livres.
-Lazzo Matumbi há 40 anos estreava com Viver Sentir Amar e lançava as bases do reggae nacional
Oganpazan – Você chega em Salvador em um período muito fecundo da música negra baiana, quais eram as suas impressões naquele momento, qual o seu sentimento e como se deu a sua adaptação e suas conexões para formar o Agbeokuta AfroJazz?
Cícero Antônio – Chegando em Salvador,Bahia, no verão baiano, foi um positivo choque cultural. Absolutamente tudo me chamava atenção. O fato da guarda do parceiro Lazzo, também músicos como o percussionista Jorjão Bafafé, Moa do Katende, Augusto e Vivaldo Conceição (filhos do Maestro, Prof. Vivaldo Conceição). Foram personalidades que assessoraram o meu processo de transição cultural.
Comunitariamente, a comunidade negra baiana vivenciava o expressivo sentimento e força ao gestual, entre liberdade corporal provocados pela presença e história dos Blocos, das Batucadas, Escolas de Samba, Blocos de Índios, Afoxés, Afros… Visivelmente, a cena cultural baiana fervia em algo vivo e naturalmente sendo objeto de desejo em perspectiva mercadológica, entre laboratórios e experimentos realizados em estúdios, como a WR. Fato que promoveu a pedra fundamental ao que se convencionou ser batizado de “Axé Music”. Isso tudo ocorreu a partir de 1985.
Antes do surgimento do Agbeokuta, existiu um núcleo de estudos com aproximação ao universo do blues, do jazz, música caribenha e Africana, a base desta célula, foi formada pelo músicos: Holger (contrabaixo da OSBA), Tonynho Santos (acadêmico de música da UFBA) e Cícero Antônio (A Escola de Música da UFAM). Juntos, criamos a Banda Auto-Reverse, que seguiu até 1989. Hoger e Tonynho, foram residir na Alemanha.
Assim, segui com as minhas inquietações musicais formando o Agbeokuta no final de 1989, seguindo uma direção com ampla regularidade em que se mantém preservada até os tempos atuais!
Oganpazan – Se for possível Cícero, conta pra gente como os músicos do Agbeokuta foram arregimentados e faz um pequeno perfil das características de cada um e como eles contribuíram para a formação sonora do grupo.
Cícero Antônio – Quando assumi o Afrojazz, enquanto linguagem/expressão o primeiro parceiro de música foi Roseval Evangelista dos Santos. Guitarrista, morador do Bairro de Brotas, durante um bom período realizamos uma dupla: trompete e guitarra. Montamos um roteiro musical com standards jazzísticos… além dos estudos realizados, Iniciamos algumas performances em pequenos eventos domésticos, entre amigos, comunidades populares… Não demorou pra surgir convites nas instituições de ensino, realidade que posicionou a célula inicial na cena musical soteropolitana. O terceiro componente do grupo, foi o percussionista Jorjão Bafafé. Jorjão, foi o músico baiano que conheci em São Paulo-SP, com a minha amizade com Lazzo Matumbi.
Quando Bafafé, se agregou no projeto, passamos a promover os nossos encontros musicais no mesmo espaço onde nasceu o Afoxé Badauê, também o Grupo União, criador e incentivador do Samba Duro, Samba Junino. Na “praça dos artistas” no Engenho Velho de Brotas, também território do Samba Junino Leva Eu, onde o nosso amado artista e cantor, Ninha, tio deste que também foi iniciado neste território, o percussionista hoje artista Márcio Vitor.
O quarto músico arregimentado na proposta foi o contrabaixista Marlon Borges, com uma personalidade musical fantástica, também morador do Bairro do Engenho Velho de Brotas, detentor de uma enorme sensibilidade musical e principalmente um swing mortal. Já no início dos anos 90, recebi o convite/indicação de Lia Robatto, para assumir a pasta de Professor de Música para dançarinos na Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Na época, a instituição Escola de Dança, contava com a Direção da Professora Dulce Aquino, e foi neste território que magia estruturantes significativas ocorreram.
Antes das aulas de música para alunos de dança, realizei a I Oficina de Xequeré, programação de férias, e foi neste período, em que o Xequeré entra na cena musical baiana com autonomia, utilizando a técnica de origem nigeriana, assumida e desenvolvida na cultura cubana e principalmente divulgada pela diáspora africana norte americana. Foi neste território que conheci Bira Monteiro (percussão), o talentoso músico ocupava o espaço de especialista na arte dos ritmos do Afro-Brasileiro, em que promoviam as trilhas sonoras e fundamentos nas aulas de Dança Afro. Bira, assim como carinhosamente era chamado, não tinha experiência com o universo das bandas baianas, assim, o Agbeokuta, o promoveu fomentando este caminho.
Jayme Bokão foi o quinto músico a ser agregado na história do Agbeokuta. Sendo o profissional com maior experiência na música, além da qualidade, imprimiu olhares ao interesse externo, entre as propostas e acontecimentos artísticos compondo a jornada formativa do Agbeokuta. Neste formato, o Agbeokuta Afrojazz, foi oficialmente lançado, com um belo show, realizado no Espaço Xis da Biblioteca Central do Barris, ainda compondo a cena, entrou no grupo a dançarina Fátima Carvalho, a Fafá Carvalho.
Com a presença e participação da Fafá, houve um crescimento na performance e definição ao que se propunha o Agbeokuta, no manter a provocação na multiplicidade conceitual do Afro-Brasileiro – enquanto linguagem de expressão e debates artísticos diaspóricos, realidade recorrente na Europa e América do Norte, com os artistas africanos ganhando espaço com o AfroPop Internacional.
Com o amadurecimento da proposta, foi arregimentado ao grupo, o saxofonista francês; Jean Mattia Michael. O músico, contribuiu com inovações na técnica do estudo jazzístico, também colaborando com arranjos dos metais, assim como ao fortalecimento da linguagem musical em diálogo com a contemporaneidade. Nesta sequência, o Roseval Evangelista, passou a fazer parte do time do Carlinhos Brown, entrando o Adson Santana na guitarra, na mesma pegada ingressou no Agbeokuta o contrabaixista Adilmar Borges. Adson e Aldimar eram amigos de infância. Moradores no Bairro de Itapuã, com muitas histórias na formação musical e pertencimentos, em diversos projetos musicais na cena musical baiana.
Músicos como Fernando Nunes (contrabaixo) e Cristiano Romano(sax alto), este de origem italiana, participaram das gravações nos primeiros registros do grupo, lançados em 2022, durante a pandemia. O Agbeokuta, contou com a contribuição de mais de 40 profissionais, músicos, em que sustentaram a proposta do Agbeokuta, nos seus 25 anos de intervenção no campo prático da vida cultural soteropolitana e baiana.
Raul Gonzales, sax alto, ingressou no Agbeokuta entre 92, 93. Com a saída do Jean Michael Mattia, que retorna pro seu país de origem, Gonzales, além de ser um virtuoso instrumentista, se juntou a mim formando o naipe/linha de frente que personaliza a atitude musical do Agbeokuta AfroJazz.
Cícero Antônio – Na qualidade de fundador do Agbeokuta, particularmente carrego fortemente a influência de Miles Davis. Acompanhei, estudando a visão artística de Miles, especialmente pesquisei a sua obra musical, lendo também a sua Autobiografia. Quanto ao universo diaspórico: Youssou N’Dour, Salif Keita, Manu Dibango, Fela Anikulapo-Kuti, Hugh Masekela, Mirian Makeba, Baaba Maal, Ismael Look, Toure Kunda, Angelique Kidjo, Marcus Muller, King Sunny Ade, Mary Kante, Cheikh Lô, Dudu N’Diaye Rose, Oumou Sangaré, Papa Wemba, Lucky Dube, Ladysmity Black Mambazo.
Universo contando com o olhar de curiosidade, identificando personalidades na expressão da africanidade e personificação territorial diaspórica.
Oganpazan – Ouvindo os discos do Agbeokuta AfroJazz, junto a forte presença de ritmos africanos, há reggae, lambada e até uma pegada rock em alguns temas. Como essa união ocorria de modo tão orgânico?
Cícero Antônio – O Agbeokuta, sempre promoveu o espaço das individualidades impressas na característica de cada músico. Assim, quão sabedor ao aspecto originário do ritmo África. Sabendo-se que o propósito do Agbeokuta foi o de promover fusão entre a diversidade e contextos reveladores de texturas. Portanto, buscamos o equilíbrio entre propostas e conteúdos e principalmente com as células tronco de cada ritmo, que tratam sobre territórios e comunidades, com os seus valores e suas leituras identitárias.
Notadamente, todos os elementos e estilos musicais eleitos na estrutura musical do Agbeokuta são conteúdos da cultura negra universal. Ao mais, reinam o talento de seus intérpretes, justo pelo espaço garantido às improvisações, movimentando a voz dos instrumentistas!
Oganpazan – Qual o ano de formação e quanto tempo durou o Agbeokuta, porque motivo este projeto findou?
Cícero Antônio – O Agbeokuta AfroJazz Baiano nasceu no início dos anos 90, particularmente não trabalho com o fim do Agbeokuta. Na verdade, considero que o Agbeokuta é uma semente adormecida desde 2009, momento em que foi realizada a apresentação mais recente do grupo, ocorrida no saudoso Teatro XVIII / Salvador-BA.
Todos os músicos do Agbeokuta estão em atividade e no papel de administrador do Agbeokuta / Diretor Artístico, a orientação foi de preservação da proposta com os atores que historicamente, deram vida com a fortaleza da espiritualidade de seus operadores. Portanto, caso estes profissionais fossem reunidos. Ali, a magia sonora do grupo se manifestará. Acredito que teremos o momento de desencantar esta rica e multicultural semente!
Oganpazan – Como eram as apresentações ao vivo do grupo, onde elas ocorriam aqui em Salvador e por quais estados do Brasil vocês viajaram? Você lembra de algum show em especial?
Cícero Antônio – O Agbeokuta, foi um grupo com grande regularidade na cena musical baiana, destaco aqui: Projeto Pelourinho Dia e Noite, Projeto Som do Meio Dia (Rede Bahia), Fest’In Bahia (World Music), Projeto Terça da Boa Música (Teatro Acbeu), Projeto Qual É A da Música (Teatro SESI), Show em Homenagem aos 80 Anos de Dorival Caymmi (Escola de Dança Fundação Cultural do Estado da Bahia), Projeto Madalena Jazz (Vila Madalena, São Paulo-SP), Projeto Música e Suas Raízes (Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo-SP), Show do Agbeokuta, Centro Cultural de São Paulo (Estação Vergueiro 1000), Inauguração do Centro Cultural de Candeias (Candeias, Bahia), Agbeokuta / Malê Debalê Em Conexão Tribal, Abertura da Programação do Carnaval do Grupo Cultural Malê Debalê, de 2001 à 2004). Entre tantos outros eventos!
Oganpazan – Durante a pandemia, o Agbeokuta lançou um registro delicioso que foi o disco Ilú. Qual foi o ano original de gravação deste disco, como se deu a concepção/descoberta de Ilú (2020) e qual era a formação da banda naquele momento?
Cícero Antônio – O Agbeokuta Afro Jazz Baiano sendo fruto de um trabalho planejado, digo enquanto lógica investigativa priorizando sempre resultados. Assim, acessaram com tranquilidade os profissionais com afinidades na proposta. Entre, 90 e 91, reunimos um time para realizar a primeira experiência em estúdio de gravação, apresentando os resultados na sequência, no então presente como casa noturna no Centro Histórico de Salvador-BA O Barô, com administração do empresário Helder Barbosa.
Participaram da gravação na época: Jayme Bokão (bateria), Bira Monteiro (percussão), Lilly Pita (percussão), Marlon Borges (contrabaixo), Cristiano Romano (sax alto), e eu Cícero Antônio (trompete). Neste formato, gravamos quatro temas no Estúdio Livre, de Filipe Cavalieri. Os tema Ilú e Cantiga Pra Xangô, foram gravadas, em 1992. Contando com a participação de Jayme Bokão (bateria), Bira Monteiro (percussão), Lilly Pita (percussão e voz), Fernando Nunes (contrabaixo), Jean Michael Mattia (sax tenor), Cícero Antônio (trompete), Gênero Fernandes (teclado), Julio Moreno (guitarra) e Celeste Oliveira e Dora Alice (vocais). Todas estas faixas, participaram do álbum Ilú, lançado em 2022.
A participação no Projeto Adoniram Barbosa, em São Paulo – SP, ocorreu no ano de 1995, em um momento em que o Agbeokuta trabalhou o lançamento do álbúm “Agbê” no Brasil. Em Salvador BA., o lançamento ocorreu no Teatro Vila Velha, no mesmo ano.
Oganpazan – O disco Agbé (1995), ano que vem completa 30 anos, conta pra gente Cícero, como se deu a composição e escolha dos temas que integram o disco e como surgiu a oportunidade de lançá-lo no selo musical londrino Seven Gates e qual foi a repercussão no cenário da época?
Cícero Antônio – O Agbeokuta AfroJazz vivenciou épocas de efervescência comportamental e artística principalmente na perspectiva de oferta em bons profissionais, no campo dos criativos, como também na engenharia técnica. Além, disso, considero que o fato de realizarmos apresentações com frequência aguçava a curiosidade criativa, gerando composições individuais, como também coletivas.
O Selo Londrino Seven Gates, pertenceu ao Londrino; James Black. Casado com uma baiana e apaixonado pela produção musical nordestina… Teve interesse pela Banda Araketu, no início dos anos 90, antes do sucesso;(bom demais)., com Agbeokuta, Iniciamos negociações buscando materializar o Projeto do Albúm, em 1993. No ano de 1994, realizamos o processo de gravação, lançado, em 1995.
O Album Agbe, foi muito bem recebido, enquanto produto Latino Americano… Na maioria das vezes foi considerado, “Latin-Jazz”. Recebemos convite pra participar do Festival Word Music de Toronto, no Canadá. Acabamos não participando, pois, o Festivap não cobriam os custos de passagens. A BBC, de Londres… Foi um veículo que muito divulgou o Albúm Agbe, contribuindo pra gerar interesse aos amantes da Música Brasileira, Word Music e Latina Americana.
Oganpazan – Cícero, só me resta agradecer por tudo e te dizer que esta última não é uma pergunta mas uma aberta para que você faça as considerações finais.
Cícero Antônio – Acredito, ter sido possível apresentar um painel reduzido, mas representativo em dimensões diversas sobre a história e universo simbólico cultural do Agbeokuta. Em momento da retomada no pensamento ao universo de incentivo aos fazedores de cultura, enquanto valorização do talento brasileiro… Imaginar o espaço ao exercício, ao desencantar. Compreendemos ser natural, em que possa ser materializado, há, qualquer momento. Saudações, receba o parabéns, pela pesquisa e necessária dedicação em nome da história da música baiana e especialmente da multiplicidade da cultura brasileira. Forte Abraço!
-Agbeokuta AfroJazz Baiano, groove instrumental, história e potência na Roma Negra
Por Danilo Cruz