A Trinca de Selos lança o volume 06 de seu anuário, uma coletânea que mostra alguns dos lançamentos desse triunvirato de selos independentes baianos.
O papel dos selos independentes
Não há dúvidas sobre a importância dos selos independentes para bandas e artistas que desejam dar visibilidade às suas produções. Ter um registro, mesmo que digital, ainda é fundamental, e poder lançá-lo sob os cuidados de um selo garante condições para potencializar esta visibilidade.
Isso porque os selos, através de seus catálogos, apresentam-se como referencial para todo um nicho de pessoas interessadas em música dentro do universo independente e underground.
Quando você quer saber o que está sendo feito em termos musicais no país, caso você seja criterioso, tenha interesse técnico, seja pesquisador ou meramente tenha na cena musical underground e independente um modo de viver, seu Norte são os catálogos dos selos independentes.
Por isso mesmo, o trabalho feito pela Trinca de Selos, que ao longo de 6 anos apresenta, no formato de coletânea, um balanço do que foi lançado pelos selos que a formam (Brechó Discos, Bigbross Records e São Rock Discos), é uma síntese, que nos ajuda a ter uma visão geral do que rolou na música independente ao longo do último ano.
Vale aqui fazer um recorte regional, uma vez que A Trinca é um triunvirato de selos baianos, seu anuário nos apresenta de forma mais detalhada o que foi feito em nossa casa. E neste sentido, ajuda os pesquisadores e afins a ter um panorama do que foi a música independente baiana, em particular o rock e suas ramificações, ao longo do período de um ano.
O que rolou em 2022
Dede 2017 a Trinca de Selos (Brechó Discos, Bigbross Records e São Rock Discos) apresenta aos interessados, apoiadores e amantes da música independente o balanço anual do que fora lançado pela Trinca durante o último ano.
Foram 4 edições com o nome Anuário do Rock Baiano (2017, 2018, 2019 e 2020). A partir de 2021 a coletânea foi rebatizada, passando a se chamar Anuário Trinca de Selos.
Este é o Vol. 6 da compilação que faz um balanço do dos lançamentos do selo no último ano, neste caso, 2022. A mudança de nome ocorreu porque os curadores responsáveis pela elaboração do setlist da coletânea decidiram incluir as bandas e artistas fora da Bahia que tiveram seus trabalhos lançados pela Trinca.
O que não mudou é a diversidade sonora! Tem psicodelia fukeada, metal, indie, hardcore, punk, blues, rockzão old school, balada e provavelmente alguns outros estilos que vocês descobrirão apertando o play.
Nesta edição do anuário são 29 bandas que nos dão um panorama do que rolou na cena independente em 2022. Destaque para o fato da maioria das bandas serem baianas, o que nos deixa bastantes felizes, pois, denota que permanecemos produzindo muita música através de muitos artistas e bandas.
Que a cena independente continue se mantendo em atividade, apesar das agruras que já lhe são inerentes. E que no vol. 7 do Anuário Trinca de Selos, tenhamos a constatação de que 2023 foi um ano produtivo e revelador na cena independente, em particular na do nosso estado.