Review: Bozokill – “Esse disco deveria ser censurado”

Bozokill em sua estréia reforça a esdrúxula relação entre os bons lançamentos musicais e o país que está afundado em merda.

 

“Grupo musical infanto-juvenil, Comunista, LGBTQI+, cuspidor de fascistas, treinados em Cuba com pós na Venezuela, fazendo umas rockeiragens na BOZOBR”. Bem, com uma apresentação dessas não tinha como não despertar a curiosidade desse colunista.

Estamos falando de Bozokill, banda que representa um pouco da nova safra do underground soteropolitano. A banda é um powertrio crossover bem debochada e com um alvo certo, o filhodaputa do presidente do Brasil e a porra dos seu seguidores.

Os integrantes. Seguindo uma fórmula não tão inovadora, mas que sempre dá certo, os integrantes não se identificam com seus nomes ou rostos, apresentando-se apenas como: +13 (Guitarra/Voz), -17 (Baixo/Voz) e +24 (bateria).

A Bozokill lançou virtualmente em Junho desse ano seu EP de estreia, Esse Disco deveria ser Censurado,  que possui 04 faixas de pura agressão e ofensas aos lixos que foderam ainda mais esse país.

A sonoridade das 04 faixas é bem parecida, crossoverzão direto e sujo! Do jeitinho que gostamos. O EP abre com “Da para desapertar o 17?”, faixa que me lembrou muito a fase mais crossover do Ratos de Porão. Em seguida “Bozonazis”, faixa cantada em inglês e com apenas 37 segundos, gostamos mais ainda!

A penúltima faixa é mais debochadinha, chama-se “Garota Reaça”, tem uma letra mais sarcástica e a sonoridade também não é tão bruta com as anteriores.

O disco fecha com um questionamento que dominou as redes sociais por um tempo “Cadê Queiroz?”. Essa música tem uma pegada mais metal, não a tôa é a maior faixa do disco  e encerra bem esse EP de estreia gravado e produzido no Mangus Estudio, lá da CBX.

De acordo com os caras esse EP foi gravado ao vivo “para trazer a energia crua dos anos 90”. Conseguiram com louvor.

Review: Bozokill – “Esse disco deveria ser censurado”

Por Dudu

 

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