E ”Something’s About To Change” (lançado dia 10 de fevereiro), chega com requintes de vigésimo trabalho de inéditas e ainda mantém a escrita descolada, que nenhum violeiro dessa idade consegue elencar com tanto feeling, classe e pureza. Um dos grandes momentos do som dos campos de algodão esse ano, prova cabal que a idade chaga, mas que nem por isso é hora de jogar dominó.
Line Up:
Robin Trower (baixo/guitarra/vocal)
Luke Smith (teclado)
Chris Taggart (bateria)
Richard Watts (teclado)
Track List:
”Something’s About To Change”
”Fallen”
”Riff No 7. (Still Alive)”
”Dreams That Shone Like Diamonds”
”Good Morning Midnight”
”What You Never Want To Do”
”Strange Love”
”Gold To Grey”
”The One Saving Grace”
”Snakes And Ladders”
”Up And Gone”
”Til I Reach Home”
Em discos mais recentes senti que o Blues foi abordado sem algum tipo de foco, algo que fica longe de ser ruim, muito pelo contrário, mas em ”Something’s About To Change” os sons correm com a certeza de um trabalho conceitual, é de longe um de seus melhores CD’s dos anos 2000, milênio que assim como os clássicos de 60 (no Procol Harum), 70, 80 e 90, fazem de seu curriculum um dos mais perfeitos nesse bussiness à base de feeling.
E quando abrimos o disco com a faixa título, isso fica claro, vale lembrar inclusive que a levada malandra desso som virou até clipe. Quem diria, setenta anos nas costas e ainda brindando a psicodelia em vídeo!
Esqueça esse clichê de que a coisa fica melhor com o tempo, isso de fato se aplica a esse senhor, mas não é algo que vale para qualquer um não, engana-se quem pensa que ele parou de pegar pesado num Hard ou apostar em psicodelia… Ele tem essa cara de bobo mas a Strato dele é o prato de comida, o cara vai penteando e penteando a musa e o que sai é só sequência de nível ”Gold To Grey” pra cima.
Desligue-se do Clapton, vejam aqui um guitarrista que soube envelhecer e que segue fazendo discos relevantes, mesmo com um passado tão estupendo e repleto de sucesso por onde passou. Poucos creditam o devido valor para esse mestre e ele ainda esnoba a crítica com uma dessas…
É brincadeira, senta lá Cláudia, Blues não se ensina na escola, os maestros apenas trombam ele na rua e colocam a platéia no bolso, igual o gênio faz com ”Til I Reach Home”. Preciso ver esse cara ao vivo, que brasa!