Sendo assim, meu live favorito não é nenhum dos ditos ”clássicos”. ”Dylan & The Dead” (lançado em 1989), além de ser ótimo, ainda conta com o Grateful Dead como banda de apoio… Bob ainda mais demencial do que quando mancomunado com a The Band, na letargia do ácido, mostrando seu lado colorido e Flower Power.
Line Up:
Bob Dylan (vocal/guitarra)
Jerry Garcia (guitarra/vocal)
Mickey Hart (bateria)
Bill Kreutzmann (bateria)
Phil Lesh (baixo)
Brent Mydland (teclado/vocal)
Bob Weir (guitarra/vocal)
Track List:
”Slow Train”
”I Want You”
”Gotta Serve Someday”
”Queen Jane Approximately”
”Joey”
”All Along The Watchtower”
”Knocking On Heaven’s Door”
Temas que no disco tinha cinco minutos, ao vivo apareciam sem prazo de término. Músicas já longas em LP, surgiam live beirando a marca de trinta minutos com os chorosos solos do mestre Garcia… Era justamente esse clima de liberdade que Dylan teve ter imaginado para a concepção de um disco ao vivo, trabalho que com o Dead envolvido, seria garantia de qualidade.
Esse registro não foi fruto do acaso, Bob planejou uma tour com os psicodélicos e uma tour de sucesso. Uma sequência de shows que além de unir a caravana de Deadheads, acabou socializando os acid-freaks com os intelectuais Folkeados, fãs de Dylan.
Que começando fazendo juz, tanto a arte do disco, quanto ao nome da música, dão uma segurada na velocidade dos vagões de ”Slow Train” para valorizar a repaginada e controle que o novo maquista possuiia sobre o instrumental. O clima é tranquilo, abre espaço para temas radiofônicos como ”I Love You”, composições icônicas como ”All Along The Watchtower” e passagens trovadorescas revisitadas por novos arranjos Grateful Deadianos (”Knocking On Heaven’s Door”).
Ouvir Dylan & The Dead é sentir o gosto da liberdade. Ver a renovação de um grande mestre e perceber que sim, o Dead não precisava tocar meia hora pra fazer sua cabeça. Seus ouvidos serão surpreendidos, Dylan nunca mais soou dessa maneira!