Oganpazan
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30 anos de Cultura Hip-Hop, Digmanybeats um construtor atual do Rap Nacional!

Digmanybeats, produtor e beatmaker, mas que também já foi MC é atualmente um dos nomes de destaque do cenário boombap under!

“Lembro que não lembrar de tudo é uma defesa, lembro de tantas coisas que não cabem num pote, lembre desse rap na batida do Dig, diga para eles o que tu lembra Mascote. Lembranças sem elas não há história, lembranças, derrotas e glórias, lembranças, constituem o que eu sou, agora vou revisitando memórias.”  PaZSado

Este ano de 2024 dois discos excelentes receberam a assinatura musical da produção do grande Digmanybeats, mas você sabe quem é Digmanybeats? Tendo escrito sobre o disco dos mestres Mascote & Dr. Drumah, curiosamente um disco que quase se perdeu – tive contato com o lançamento seguinte do MC em parceria com o PaZSado, outro monstro sobre o qual eu já tinha escrito uma resenha. Faltava descobrir quem era aquele produtor dos drumless melancolicamente trabalhados no disco “Flores em Vida”. 

Nesta hora, você percebe que o sentido é algo construído pelo desejo e a capacidade crítica de quem está pensando os acontecimentos e buscando conectá-los à História. Há alguns anos, tenho pesquisado com a ajuda de outros nomes fundamentais da história do rap nacional, principalmente: Besouro Anêmico, Goribeatzz, DJ Indio e DJ Leandro, Blackalquimista e Dr. Drumah. Esses, figuras que além de ajudarem a construir o Hip-Hop nacional, são guardiões de registros que guardam potências e trajetórias desconhecidas, plasmadas em discos. 

Com a ajuda de Dr. Drumah que me forneceu a matéria prima, produzi uma matéria sobre o Jazz-Rap nacional, e nessa pesquisa me deparei com o lendário Ritmistas da Sessão. Eis que o lançamento seguinte do Digmanybeats é o disco em parceria com o Rah Lobato que era junto a Evandro Alemão formava o Ritmistas da Sessão. O disco Convite ficou no meu player por muitas semanas, ainda está na real, até que eu descobrisse esse fato. 

Somente estes dois lançamentos já seriam suficientes para o interesse em fazer uma matéria com o Dig, mas diversos outros fatos de relevo, pessoal e coletivo foram surgindo a cada escavação. Sendo assim, preferi deixar o próprio nos contar pelo menos resumidamente a trajetória que o trouxe a 2024, em um trabalho de resgate de nomes fundamentais do underground nacional. 

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Então, acompanhem a entrevista abaixo, onde o Digmanybeats nos relata sua trajetória formativa e sobre como se deram suas últimas produções, mostrando-nos uma história que este ano completa 30 anos de Hip-Hop, em plena atividade construtiva de futuro para a cultura:

Oganpazan – Dig, me conta como você conheceu o rap? Principalmente, você que é um cara que tem grupo desde os anos 90 e que se dedica a uma estética underground, como foi sua formação inicial? 

Digmanybeats – Desde 1994 fui apresentado ao Rap através de um amigo, o Neves, vocalista e fundador do União Racial, nesta época o Grupo de Rap dele já se apresentava etc, e um outro amigo, o Porcão, tinha como meta ser vocalista, de preferência do União Racial, mas como éramos menores, com diferença de quase 10 anos para os integrantes daquele grupo, nos juntamos e formamos o Rebeldes Mc´s. O Neves nos produzia, nos dava letras que não utilizava no União, emprestava as bases de discos 12´ comprados na Galeria do Rock e nos ensaiava na casa dele, fazendo Scratch num som caseiro 3 em 1 (risos).

Gravamos nossa única Fita Demo em 1995 (Rebeldes Mc´s – Loucos Conscientes), mesmo ano que abrimos um Show do União Racial no Projeto “Dança Brasil”, casa de shows próxima a estação Armênia do metrô. Tínhamos uma intro, e duas músicas apenas (Rebeldia e Doidera). Nesta ocasião do show agregamos mais 2 integrantes, o Marquinhos e o Lico (o primeiro foi vocalista do União, o segundo infelizmente já faleceu).

Desde então o Rap havia contaminado minha vida, modo de vestir e agir…mas a vida não caminha de forma linear, tive minha vida totalmente modificada quando minha Mãe chegou e me disse que eu teria que ir embora para Salvador….foi foda…todos os amigos, o grupo e tudo mais ficando pra trás. E quando fui embora pra Salvador meu parceiro de Rebeldes ficou sozinho, nesse momento ele se dedicou e chegou no tão sonhado vocal do União Racial, gravou como front man um clipe pesado da música “Pondo a Limpo”, que faz parte do álbum “A Bússola”, um clássico que tocou muito nas rádios mais populares da época.

E eu cheguei em Salvador sem conhecer ninguém, com o tempo me vi envolvido com uns caras da Banda “Hereges”, que tocavam mais rock, outro lifestyle, etc. Nesta mesma época comecei a andar de skate, daí então conheci outras pessoas que curtiam um Rap….mas as coisas em Salvador também não estavam boas financeiramente para os meus avós e em 1997 voltei pra São Paulo, mais especificamente para Itanhaém (litoral de SP), pra resumir esta fase, eu me envolvi com uma galera do Skate que curtia muito Rap Underground, comecei a escrever umas letras e montei um projeto solo chamado “Mundo Abstrato”, mas era daqueles projetos de gaveta, cantei ao vivo apenas uma vez em um campeonato de skate a convite do meu mano Penso da FP4 (Família Plano 4). 

Oganpazan – Como se deu a transição de MC para produtor mano, você já mexia com equipamentos nessa época?

Digmanybeats – Então Danilo, como na maioria das Cidades litorâneas, as oportunidades de trabalho e cursos não são das melhores, em 2000 bolei um plano e vim morar sozinho em São Paulo, comecei a trabalhar na Skate City, pista que existia na Rua da Consolação, cujo proprietário, Marcio Tanabe promovia campeonatos de skate, com DJ, premiação etc….em um desses campeonatos o DJ oficial da pista estava doente e ele me perguntou se eu não poderia tocar. Em resumo, desse dia em diante eu toquei em vários campeonatos, inclusive por duas vezes contratado da Federação Brasileira de Skate, em campeonatos de Vertical.

Na sequência, passei a investir em equipamentos, toquei em algumas casas noturnas e muitos eventos de skate, e foi aí que a ligação com o Rap voltou a ficar mais próxima.

Em 2013/14 tive dois programas de rádio, “Funk Mister Beef Show” e “Skate Life Sounds”, no primeiro tocava 1 hora de original funk music da década de 70 e depois fazia o “Momento Sample”, onde questionava os ouvintes sobre quem havia sampleado aquele som, quem acertasse ganhava brindes…. na sequência eu fazia a virada para o som de Rap que utilizava o sample da música anterior…rsrsrs!!!! 

Foi uma época fantástica, muita gente me fala até hoje que os programas eram ótimos. Em 2016 entrevistei Big Twins do Infamous Mobb, e no ano seguinte ele veio fazer um show no Espetinho do Juiz na Zona Leste de São Paulo, toquei de Dj pra ele, trouxe ele na minha casa para um churrasco, tirou foto com minhas filhas, foi o mais próximo que consegui chegar do Mobb Deep, grupo de Rap que mais gosto (Big Twins participa de algumas músicas dos álbuns clássicos da dupla do Queens).

Nesse tempo de rádio fui na casa do Produtor e Mc Heitor Neto (ex Vocalista do Artifício), somos amigos de longa data por conta do skate, ela ficava na minha casa no litoral, fazíamos freestyle naqueles mic zoados de computador (temos K7 gravadas dessa época), nessa visita a casa dele, me ensinou a mexer no FL STUDIO…foi ai que tudo aconteceu, larguei as Pickups e passei a me dedicar exclusivamente a produção de Instrumentais.

Ufah, história longa, mas vale a pena passar essa ordem cronológica, nossa geração que tem mais de 40 anos sempre tem uma história dentro do Rap e precisa ser contada…muito obrigado por perguntar, é a primeira vez que conto assim….(Emoção).    

Oganpazan – E o batismo do seu nome artístico atual, como ocorreu?

Digmanybeats – No meio dos anos 90s, no Rebeldes MC’s eu era o “Dig”, e quando trabalhava na pista de Skate, eu e meu sócio Veri Veri abrimos uma marca de skate, a Many Skateboarders…daí a junção Digmanybeats.

Oganpazan – Você tem um puta gosto e uma ligação forte com o cenário underground de São Paulo né? Foi através dos vídeos de skate que você se apaixonou pelas expressões mais under do rap?

Digmanybeats – Lá em Itanhaém, com internet discada, baixava sons pela Napster, e sempre procurando as paradas mais secretas e pouco conhecidas, muitos nomes eu conseguia através dos vídeos de skate, maior escola pra música que existe.

Então em 1998 além de Wu Tang, Mobb Deep e A Tribe, que eram os grupos que eu mais ouvia, passei a conhecer o Extra Prolific, a posse toda do Hieroglyphics, Abstract Rude e a posse do Freestyle Fellowship….Anti Pop Consortium….Awol One e a posse do The Shape Shifters…um mundo infinito do submundo underground….

Passei a me dedicar nessa pesquisa, daí quando tive mais condições financeiras aqui na Capital, passei a comprar tudo em CD e Vinil, me tornando um dos maiores colecionadores em vinil de títulos desse submundo…rsrsrsrsr.  

Oganpazan – Digmany meu mano, gostaria que você contasse um pouco sobre a história do Digmany Studio, como rolou esse projeto e qual o primeiro disco que você gravou por aí?

Digmanybeats – Pois é meu mano, antes eu só fazia instrumental, ai quando sobrou um dinheiro eu reformei minha casa e construí um Estúdio, sempre tive vontade de ter um “recanto do guerreiro”, pra isso contratei uma consultoria, pra deixar a parada foda pra gravar.

Eu conheço o Dej@vu (Ex-Contrafluxo) desde 2003, fazíamos academia no mesmo lugar…aí ficamos alguns anos sem nos falar, quando rolou o reencontro através das redes sociais, planejamos de fazer um disco solo dele, mandei os instrumentais em 2018, daí veio a pandemia, nesse tempo o estúdio ficou pronto e marcamos de gravar, só que até então eu não tinha conhecimento de captação de áudio, foi quando nosso irmão Leandro Sono nos deu uma verdadeira aula, emprestando interface de áudio e microfone para a gravação do meu primeiro disco dentro do Estúdio, o solo do Dej@vu, “Na Mesma Direção”.

Depois da primeira experiência, investi em equipamentos e ao mesmo tempo em conhecimento, fiz alguns cursos, inclusive dois deles com nomes consagrados da engenharia de áudio, foi quando me deu coragem de seguir, outros trabalhos vieram e o ano de 2022/23 foram muito prósperos de trabalhos e conexões.

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Oganpazan – Conta um pouco como surgiu a ideia do disco Digmanybeats Studio, Vol. 1 lançado no ano passado, qual a ideia desse projeto?

Digmanybeats – Pois é, para celebrar essa primeira conquista eu tive a ideia de fazer uma coletânea anual com músicas curtas de até 1:59 com todos os parceiros que gravaram no Digmanybeats Studio ao longo do ano e outros convidados, fiz chamada de vídeo com 21 Mcs para que eles escolhessem os instrumentais, os gravei, mixei e masterizei em incríveis 42 dias e assim nasceu a coletânea, que está indo esse ano de 2024 para o Vol 2 (aguardem hahahaha).

O mais legal desse trabalho, e que considero minha missão no Rap Nacional, é o resgate de muitos nomes do Undergrounds que estavam parados, ou inativos….a média de idade desses 21 artistas é de 40 anos, tenho muito orgulho disso.

Pude gravar o meu primeiro produtor, o Neves do União Racial, acho que foi uma pequena forma de dizer “obrigado por me colocar nessa…rsrs”.

Pazsado x Digmanybeats x Mascote

Oganpazan – Como você conheceu e como se deu o acerto entre você e o PasZado e o Mascote para a feitura de Flores em Vida? 

Digmanybeats – Bora falar dessas referências pesadas agora…rsrsr!!!

Na gravação do disco solo do Dej@vu, ele me apresentou o Mascote, e eu sempre gostei demais do trampo do Contrafluxo, tenho um amigo na baixada que vendeu a Bike pra vir no Show dos caras…eles realmente foram dos melhores dessa geração linda do Rap Under Paulistano e Paulista, cujos expoentes pra mim são Paulo Napoli com o Mamelo Sound System, Rodrigo Brandão (conhecedor amplo do Under Nacional e Internacional), etc. entre outros nomes que conheci depois como Parteum e Kamau.

Voltando a pergunta, quando o Deja me apresentou o Mascote tivemos uma identificação forte um pelo outro, e tive a ideia de juntar os dois em um projeto e, para tanto, convidamos o ex Dj do União Racial, do Kamau, do Contrafluxo, o cabuloso Dj WillCutz. Tava gerada metade da formação do Contrafluxo….mais uma vez eu conseguindo “ligar os pontos”, e com uma turma dessa fica fácil de trabalhar

Dessa ideia e convite surge o disco “Ligue os Pontos”, onde toda concepção do trabalho foi conduzida com maestria pelo Mascote… o nome do disco não podia representar melhor tudo isso, e também serve para explicar a conexão com o Poeta, Sambista e MC PaZsado, que infelizmente eu não conhecia o trabalho (que falha minha), um dos letristas mais inventivos e geniais que passei a conhecer…..um poeta que escreve em sonetos, compõe sambas, não teria dificuldades pra brincar com as palavras fazendo Rap….rsrsrsrsr. O faz como ninguém!

Com tantos talentos à minha volta, frequentando meu Studio, tive vontade de fazer meu primeiro trampo Drumless (com vozes, pois instrumental tenho dois discos de 2021, “Elocubrando” e Maré Baixa”).

Mandei um instrumental pro Mascote, ele conectou o PaZsado, e o que era um single se transformou no “Flores em Vida”, trabalho muito especial e emocionante! Uma honra! 

Oganpazan – Quando se escuta este disco com atenção, é perceptível que cada produção está em pleno acordo. Como se deu o desenvolvimento dessa construção musical entre você e os MC’s?

Digmanybeats – Excelente pergunta!  A interseção entre o instrumental e a poesia vem da interpretação do “Poeta/Mc” daquilo que tentei expressar na música instrumental, e nesse ponto tenho que agradecer demais por ter sido abençoado com tamanha genialidade desses “intérpretes” dos meus instrumentais.

Para cada instrumental que mandei, a devolução com o tema, a poesia e voz foram emocionantes, muito singulares…conexão de alma mesmo! Posso dizer que somos três pessoas que gostamos de surpreender, eu os surpreendi com os instrumentais, e eles da mesma forma me surpreenderam com tamanha entrega na poesia, o disco é bem denso e introspectivo, uma lição de vida, ou da interpretação desta.

Oganpazan – Digmany, o disco é todinho drumless e os loops e samples constroem o aspecto melancólico, sombrio algumas vezes, mas também um certo tom esperançoso, como foi a sua pesquisa para a produção desses beats? Você poderia contar pra gente?

Digmanybeats – Sempre fui muito “loopeiro”, mesmo porque a construção de alguém faz mais sentido, no meu entendimento, quando se fecha um loop.

Não sou daqueles produtores que garimpam discos para colher samples, meu processo é um tanto diferente, sempre escutei muito Rock Progressivo, Jazz, Original Funk Music….então eu busco sample dos discos que comprei porque gosto e admiro os artistas. Apenas para exemplificar, eu fui a muito mais shows de Jazz do que de Rap.

Então no meu dia a dia eu escuto meus discos, e sempre ou quase sempre anoto a música que quero samplear. Nesse processo surgem minhas criações, eu crio uma pasta ao longo do mês só de recortes, depois vou compondo e criando espaços para que uns conversem com os outros, ou uso apenas um, ou outro….rsrsrsrs! Procuro nunca fazer da mesma forma!

Mas o que é fato, é que pra cada 10 instrumentais de Drumless que faço, 8 são mais melancólicos, carregados de sentimentos (meus sentimentos, que a música sampleada conversou em algum momento com eles, ou até mesmo os gerou). Nunca gostei de filmes de comédia, meu lance é Drama e Surrealismo.

Rah Lobato x Digmanybeats 

Digmanybeats x Rah Lobato x Goldmann

Oganpazan – Como produtor, como você se sente trabalhando com um MC como o Rah Lobato que vem de um grupo muito foda do underground como o Ritmistas da Sessão? 

Digmanybeats – Rah Lobato é Workaholic assim como eu, pensei que nem existisse alguém assim com a escrita, costumo exemplificar com o fato de termos gravado um som em uma quinta-feira, eu mixei e masterizei no mesmo dia, mandei pra ele, no final de semana ele gravou o clipe e soltou no Reels na quarta-feira….menos de uma semana tudo na mão!

Eu completei 1000 instrumentais no primeiro semestre desse ano, e comecei apenas em 2016 a fazer, esse lance bateu de uma forma em mim inexplicável, é minha maior terapia, onde me encontro. E o Liricista Rah Lobato não é diferente, a música “Questão de Tempo” do nosso disco “Convite” diz muito sobre isso, ele deu um tempo desde o Ritmistas, das Batalhas, deixou esfriar, mas quando voltou nos encontramos e foi dinamite no foguete…rsrsrsrsrsr!!!! Gravamos a participação dele no “ligue os Pontos” e desde então lançamos, single, o disco Drumless e um novo que tá pronto que sairá em agosto de 2024, só com instrumentais de SP404 e que todas as músicas são interligadas, a palavra que termina a anterior é a mesma que começa a próxima!

Uma honra ter um cara que tem um bloco de notas com 1000 folhas, e eu sou o produtor com 1000 instrumentais, casamento perfeito!

Oganpazan – Na construção musical entre você e o Rah como ocorreu o processo? 

Digmanybeats – Gosto muito de artistas que interpretam meus instrumentais, que não pedem pra mudar o Mapa, que compõe baseado na minha “viagem”, Lobato é assim, muito inventivo, sempre tem um plano na mente, cabeça a milhão…..eu como produtor gosto muito de me preocupar com o clima da batida, e que o artista que vai cantar a interprete da melhor forma, não interfiro no processo criativo deles.

Tudo flui muito natural com o Lobato, ele escreve muito bem!

Pra dizer que não interfiro totalmente, eu tento extrair o melhor de cada pessoa….Lobato quando resolve escrever um Rap mais humanista (linha que gosto demais e o artista/MC que mais me identifico é o Dej@vu), deixar o coração falar, ele é MUITO BOM, mas ele não costumava seguir essa linha, até o dia que ouvi as linhas de “Antes de Partir”, do disco “Convite”, aquilo mexeu comigo….falei pra ele o quão incrível era, que ele devia deixar um pouco de lado a revolta kkkkkk, e buscar uma mensagem para deixar pra posteridade, ele me respondeu assim: “É, as vezes sai” kkkkkkkkk! Eu respondi: Deixa “sair” mais vezes. E tá saindo, vem novidades!!!!

Obrigado pela oportunidade Danilo Cruz e Oganpazan

-30 anos de Cultura Hip-Hop, Digmanybeats um construtor atual do Rap Nacional!

Por Danilo Cruz 

 

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